Licença menstrual: benefício aumentou satisfação no Grupo MOL
Em um ano, a medida não teve efeito sobre a produtividade das colaboradoras – e se mostrou importante para a retenção de talentos. Entenda.
Mulheres são 89% dos colaboradores no Grupo MOL. Elas também são maioria entre as lideranças da empresa, chefiada por Roberta Faria. Eis um motivo para a companhia ter implementado a licença menstrual antes de qualquer outra no Brasil.
O benefício completou um ano, no último Dia Internacional da Mulher. Então, o grupo avaliou a política e divulgou os resultados: neste meio-tempo, foram apenas 29 licenças; e mais de 65% delas, de meio período (sendo que as colaboradoras podem se ausentar por até dois dias a cada mês). A licença teria causado pouco efeito sobre a produtividade – e aumentou a satisfação das funcionárias.
“Percebemos essa mudança em nossa pesquisa de satisfação interna: recebemos nota 90 em 2022, e 97 em 2023”, explica Roberta. “E nossa posição em rankings especializados, como o Great Place To Work, também subiu 7 pontos no último ano. Isso nos garantiu o 48º lugar no ranking nacional e o 7º lugar no ranking paulistano, ambos entre pequenas empresas.”
A licença menstrual pode virar um benefício comum no país se o projeto de lei nº 1.249/2022, que inclui o benefício na CLT, for aprovado. Mas, por enquanto, não há previsão para isso acontecer: até o momento de fechamento desta edição [Você RH 91], a proposta ainda estava em tramitação na Câmara dos Deputados.
Este texto faz parte da edição 91 (abril/maio) da VOCÊ RH. Clique aqui para conferir os outros conteúdos da revista impressa.