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Modelo híbrido é vantajoso para funcionários e empresas, indica estudo

Em uma empresa chinesa, alguns dias de home office reduziram as demissões em 30% – sem impactar a produtividade e a carreira dos envolvidos. Entenda.

Por Luisa Costa
20 jun 2024, 18h23

Quando uma empresa adota o home office por dois ou três dias na semana, todo mundo sai ganhando. É o que mostrou um estudo recém-publicado na Nature, uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo: o modelo híbrido não impacta a produtividade nem a carreira dos profissionais, e ainda impulsiona a retenção de talentos.

O cerne da pesquisa foi um experimento com 1,6 mil funcionários da companhia chinesa Trip.com, uma agência de viagens online. Em 2021, a empresa dividiu os profissionais em dois grupos: quem fazia aniversário em dias ímpares adotou o modelo híbrido nos seis meses seguintes. O restante continuou como estava, indo ao escritório cinco vezes por semana.

O resultado? Quem trabalhou parcialmente no conforto de casa foi tão produtivo, ao longo do experimento, quanto seus colegas do presencial. E acabou com a mesma chance de ser promovido nos dois anos seguintes. Já as demissões diminuíram 30% entre o grupo do modelo híbrido – o que, segundo a Trip.com, poupou milhões de dólares à empresa.

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Este é o maior dentre os poucos trabalhos publicados até hoje que analisaram arranjos híbridos a partir de um ensaio controlado randomizado. Isto é, um experimento que compara um grupo teste a um grupo controle, ambos montados de maneira aleatória, para testar a eficácia de um medicamento, uma terapia… Ou um modelo de trabalho. Este é o padrão ouro da pesquisa científica.

Nicholas Bloom, economista de Stanford (EUA) que liderou o estudo, reafirmou a importância de tais resultados ao portal de notícias da universidade: “Este estudo oferece evidências poderosas para explicarmos por que 80% das companhias americanas estão oferecendo alguma forma de trabalho remoto – e por que as outras 20% estão pagando o preço de não fazê-lo.”

Os funcionários que participaram do experimento eram, em sua maioria, pessoas entre 30 e 40 anos. Todos tinham ensino superior completo, e 32% eram pós-graduados em ciência da computação, contabilidade ou finanças. 65% deles eram homens; metade tinha filhos pequenos; e a minoria (395 dos 1,6 mil profissionais) ocupava uma cadeira de gestor.

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Daí o estudo pôde identificar algumas sutilezas: o modelo híbrido não reduziu as demissões entre os gestores, por exemplo, só entre os outros profissionais. Principalmente entre mulheres e colaboradores que percorrem longas distâncias para ir até o escritório.

De modo geral, vale a pena. Tanto que, ao final do experimento, a Trip.com adotou o modelo híbrido para todos os seus funcionários.

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