Pesquisa mostra que mulheres têm maiores índices de exaustão e preocupação
Levantamento do Zenklub para medir a saúde mental de funcionários nas empresas aponta melhora no bem-estar, mas o público feminino ainda sofre mais
Segundo os resultados da segunda pesquisa do Índice de Bem-Estar Corporativo (IBC), ferramenta criada pelo Zenklub para medir a saúde mental dos funcionários, as empresas que investem em saúde mental estão colhendo frutos das boas práticas. No primeiro levantamento, realizado no segundo semestre de 2021, a média do índice de bem-estar corporativo das companhias avaliadas no Brasil era de 49,25 pontos — o ideal é 78, numa escala que vai de zero a 100. Os resultados do primeiro semestre de 2022 indicam que o número agora é de 61,7 pontos. Entre as empresas que adotam medidas de acolhimento à saúde mental do funcionário, a média alcançou 74 pontos.
“Exaustão” e “Preocupação Constante” são aspectos que influenciam fortemente o índice, com 69% de relevância sobre a média final. Para 75% dos entrevistados, os resultados nessas duas dimensões melhorou. Ao fazer um recorte por sexo, as mulheres tiveram os piores resultados nas duas facetas. No quesito Exaustão, elas tiveram uma média de 53,30, enquanto os profissionais homens obtiveram 43,68 pontos (quanto menor a média, melhor o índice). Em relação à preocupação constante, as profissionais tiveram média de 47,3, já eles ficaram em 36,96.
O índice é desenvolvido por equipes de educação corporativa, medicina e psicologia em parceria com psicometristas da Universidade Federal do Rio de Janeiro e analisa nove dimensões: relacionamento com líderes, relacionamento com colegas, conflitos, exaustão, preocupação constante, desconexão do trabalho, volume de demanda, autonomia e participação e clareza das responsabilidades. O levantamento ouviu 500 empregados, sendo 20% da liderança.
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