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Empresa cria curso sobre saúde mental para a liderança

Após aumento de casos de ansiedade entre funcionários, a CESP criou um treinamento para sensibilizar lideranças para a importância do acolhimento

Por Letícia Furlan
Atualizado em 4 mar 2022, 10h24 - Publicado em 4 fev 2022, 07h00
Leonardo Vinci veste uma camisa de mangas longas azul clara e uma calça marrom. Ele está sentado, com as mãos juntas sobre as pernas, sorrindo
Leonardo Vinci, gerente de desenvolvimento humano da CESP (Joyce Cury/VOCÊ RH)
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m maio de 2021, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) fez uma pesquisa interna que apontou um dado relevante: 69% dos funcionários que participaram do estudo relataram ter experimentado episódios de ansiedade nos 12 meses anteriores. E 43% deles não buscaram nenhum tipo de apoio para enfrentar a situação.

Segundo o levantamento, cerca de 46% perderam algum familiar ou amigo próximo no mesmo período, e o estado de luto trouxe sentimentos de angústia, decepção, desânimo, dor, medo, impotência, revolta, tristeza e vazio. Além disso, 51% dos participantes afirmaram que, antes da pandemia, sua saúde mental era mais estável.

Para Alexandre Coimbra, psicólogo que conduziu a pesquisa, o silenciamento das emoções interfere não só nas relações familiares mas também no trabalho. É por isso que o tema se estabeleceu como um dos mais importantes no universo corporativo. Um ambiente saudável é fundamental para evitar que o problema continue crescendo, e isso inclui estar atento aos casos e apoiar, quando necessário, o tratamento de quem lida com transtornos. Mas, antes disso, é preciso mobilizar as lideranças.

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A solução

Frente à situação, a Cesp realizou um treinamento sobre saúde mental para seus 50 gestores, da gerência à direção, como parte de um programa da companhia lançado em agosto de 2021. “O treinamento foi uma evolução do acompanhamento e do suporte que oferecemos desde o início da pandemia”, afirma Leonardo Vinci, gerente de desenvolvimento humano. “Notamos que seria importante fazer a pesquisa para dar mais voz aos trabalhadores e, com isso, identificar fatos e dados para direcionar nossas ações.”

Foram três encontros online liderados pelo psicólogo, durante agosto e setembro, para que os líderes tivessem um olhar mais acolhedor a esses casos. Outra iniciativa do Programa de Saúde Mental foi tornar o apoio psicológico um benefício permanente. “Os colaboradores e seus familiares passaram a contar com o Oriente-me, uma plataforma de terapia que conecta pacientes a psicólogos de acordo com suas necessidades”, afirma Leonardo. “Essa ferramenta provê o atendimento com sessões, conversas e outros recursos.”

O resultado

A iniciativa vem aproximando líderes e equipes — e abrindo espaço para um público que tende a ser mais reservado sobre questões mentais: os homens. “Culturalmente, esse grupo costuma se fechar nesse aspecto”, diz Leonardo. “Mas, quando a empresa propôs essa abordagem, houve grande adesão. Líderes homens buscaram apoio psicológico e relataram sentir esgotamento, perda de concentração e, consequentemente, impacto nas entregas. Um deles se afastou por quatro meses para se cuidar, preservando seus rendimentos, e outro tirou férias por um mês.”
Leonardo também cita o caso de um gestor de TI que estabeleceu um encontro semanal com toda a equipe após tanto tempo de isolamento. “Para essa área, que lida muito com projetos, estar junto otimiza a produtividade em grupo. Isso tem sido fundamental na reconexão das pessoas, que passaram mais de um ano e meio em casa.”

Esta reportagem faz parte da edição 78 (fevereiro/março) de VOCÊ RH. Clique aqui para se tornar nosso assinante

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