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Fábio Milnitzky

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Sócio fundador e CEO da iN, consultoria de propósito e gestão de marcas
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4 passos para a liderança criar uma cultura mais participativa

Próximo ano deve ser marcado por união estável entre cultura e negócios, pessoas e realizações - o que nos permitirá viver o novo

Por Fábio Milnitzky, colunista de Você RH
Atualizado em 4 jan 2022, 09h42 - Publicado em 4 jan 2022, 07h00
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  • Um antigo ditado nos ensina que liberdade é encontrar meios para escolher entre duas possibilidades concretas. Aparentemente simples, a frase diz muito. Ela primeiro serve para que a gente pense sobre o que cada um de nós é capaz de realizar diante do que construímos até aqui. O passo seguinte é pensar sobre o que precisamos fazer para concretizar nossos planos. Este raciocínio se torna superimportante para as empresas, já que, diante de um ano novo, será preciso tomar decisões que passam entre reconhecer que o mundo mudou muito ou, então, ficar para trás.

    O ano de 2021 trouxe muito e nos prepara para mais. A pandemia dos últimos anos chegará em 2022 em um momento diferente, com suas variantes indecifráveis até aqui. A economia brasileira é um desafio constante. As eleições estão à porta para um novo ciclo e até a Copa do Mundo nos desafia a sair do lugar comum. Para os gestores, será o momento de reconhecer estas complexidades e abrir possibilidades para que as pessoas discutam, argumentem e colaborem a partir de uma escuta ativa e de um ambiente de segurança que permita pensar novos serviços, ofertas e diálogos com a sociedade. Essa é a tônica para os próximos 12 meses: uma união estável entre cultura e negócios, pessoas e realizações que nos permitirá viver o novo.

    Esta união – como qualquer união – exigirá dedicação e esforços. Estabelecer uma cultura mais participativa e integrada com os acontecimentos do mundo pede pela observação de alguns passos, que compartilho abaixo como ponto inicial de uma discussão que pode contribuir para uma virada de chave cultural para o próximo ano:

    1 – Cada cabeça, uma sentença: pessoas diferentes pensam de forma diferente e produzem resultados bacanas. Cabe ao RH a tarefa de estimular uma cultura mais diversa para compreender melhor o mundo e os negócios. É a partir do número de referências que temos e do repertório que adquirimos ao longo do tempo que desenvolvemos pontos de vista diferentes, que possibilitam entregas melhores para os clientes. A missão, portanto, é a de criar um ambiente aberto, que traga gente competente e com ideias boas para promover coisas diferentes.

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    2 – Equilíbrio é a chave: é a cultura que vai determinar um ambiente equilibrado para a empresa e suas pessoas. A partir dela – com o apoio fundamental do propósito e dos valores aplicados em uma jornada clara, e de uma visão sobre as experiências emocionais e de benefícios -, será possível trilhar um caminho consolidado diante das transformações do mundo.

    3 – Capacitar, capacitar, capacitar:  o melhor e mais diverso time do planeta não seria capaz de produzir novas ideias e serviços sem ferramentas de desenvolvimento adequadas. Esta trilha de desenvolvimento, feita a partir de uma onda de treinamentos, deverá trazer não só um programa para desenvolver competências técnicas, mas que também estimulem a compreensão da sociedade e o que ela pede de cada um de nós.

    4 – Traga clareza:  Entender a jornada do colaborador ajuda a compreender o tipo de impacto que a empresa deve ter na formação e no desenvolvimento dele. E para o colaborador, é importante que o repertório venha com clareza. As pessoas entenderão com muito mais facilidade o porquê estão aprendendo e aquilo que empresa espera que elas apliquem no dia a dia.

    Conhecimento, a chave de tudo

    Nos últimos dois anos, a disseminação de conhecimento nos permitiu desenvolver modelos ágeis, em que testamos o que funciona ou não dentro de uma empresa. Essa dinâmica permite entender, em tempo real, aquilo que é mais viável para cada organização. É a metodologia Always Beta, que passa a fazer parte das rotinas corporativas e que facilita a disseminação da estratégia de negócios da empresa, do contexto lá fora e dos caminhos para aprimorar o atendimento cada vez mais personalizado aos clientes.

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    Esta perspectiva nos faz pensar que o conhecimento corporativo deve relembrar que vivemos em um mundo cheio de expectativas e relações humanas. Longe das planilhas e dos números, existem colaboradores e clientes com expectativas de conhecimento e expressão que atuam em um mundo que às vezes é difícil de compreender.

    Estender a mão para as pessoas é uma função nobre – e caberá aos gestores unir interesses pessoais e negócios para reconhecer e atuar nesse novo momento. Caberá a eles determinar que adaptabilidade, velocidade, mudança e incertezas farão parte do jogo, mas que conhecimento, diversidade e diálogo farão a diferença para atravessar o cotidiano com clareza e leveza. Liberdade, afinal, é abrir possibilidades para se viver e fazer, deste mundo tão cheio de possibilidades, um lugar um pouquinho melhor.

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