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As 11 perguntas mais frequentes sobre processos seletivos

É verdade que o recrutador lê o currículo em 10 segundos? Devo colocar foto no currículo? Essas e outras perguntas são respondidas pela colunista Isis Borge

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
Atualizado em 11 abr 2022, 16h52 - Publicado em 18 mar 2022, 07h00
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s candidatos costumam ter muitas dúvidas sobre os processos seletivos. Por isso, listei algumas das perguntas mais frequentes, que ouço todos os dias, e aproveito para compartilhar as respostas com a intenção de ajudar e esclarecer os pontos. Confira:

1. É verdade que um recrutador experiente lê um currículo em menos de 10 segundos?

Em partes, é verdade. Um recrutador que faz triagem vai ter de três a cinco pontos-chave que precisa encontrar nos currículos para selecioná-los. Os recrutadores são treinados por meio da experiência para encontrar informações específicas no documento em poucos segundos. A partir da escolha, obviamente que o recrutador vai investir mais alguns minutinhos lendo de fato o currículo, para poder ligar para o profissional, tirar dúvidas e então definir se o chama para uma entrevista. Os que não foram selecionados geralmente são guardados para consultas futuras, para outras vagas, nos bancos de dados das empresas e dos recrutadores.

2. O que pode me ajudar a ser chamado para uma entrevista de emprego?

Tenha certeza de que o seu currículo está dentro dos padrões ideais. Envie currículos para oportunidades que de fato condizem com a sua experiência e para as quais você atende os pré-requisitos. Vale customizar o currículo conforme a vaga, destacando as passagens que mais têm a ver com aquela posição e também ajustando o objetivo do documento de acordo com a vaga pleiteada. Utilize do networking para garantir que o currículo chegue às mãos certas. Não procrastine o envio do currículo. Quanto antes o seu arquivo chegar ao recrutador, melhor, pois recebê-lo dias após o início do processo faz com que as chances de participar da seletiva diminuam. Tenha um bom perfil no LinkedIn, deixe-o atualizado e atrativo aos recrutadores, com os campos bem preenchidos, uma foto que passe uma boa impressão. E deixe disponível também os telefones de contato e e-mail atualizados, para que as pessoas possam te acessar com mais facilidade.

3. Devo enviar uma carta de apresentação junto com o currículo?

Depende! Para posições mais seniores, sim — é de bom tom escrever uma carta de apresentação sucinta que vai sumarizar para qual função o recrutador poderia cogitar contratar o profissional. Para posições mais juniores, não há necessidade.

4. Qual o padrão ideal de currículo?

Menos é mais quando se trata de currículo. O ideal é que não tenha imagens que possam desconfigurar ou poluir muito a leitura de quem está avaliando o documento. Um currículo elaborado em texto no Word, com letras legíveis sem muito rebuscamento, em preto e branco, é o melhor formato. Preste atenção à extensão do currículo. O ideal é que ele tenha uma página para profissionais mais juniores e no máximo duas ou três para seniores. Tenho visto muitos currículos ’one page’ bem completos. O poder de síntese ajuda muito a passar uma sensação de objetividade e organização. Currículos muito extensos, de várias páginas, perdem pontos de largada. Outra orientação: não coloque número de documentos no currículo; não é necessário. Caso alguma empresa precise de algum dado mais detalhado, irá solicitar ao longo do processo.

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5. Devo colocar foto no currículo?

A resposta que cobre a maioria dos cenários é não, não devemos incluir a foto. Exceção para algumas empresas europeias que, às vezes, pedem os currículos com fotos. A sugestão é: envie sem; se alguma empresa precisar, vai acioná-lo para que mande. mas ninguém vai deixar de te ligar porque o currículo não tem foto — não se preocupe com isso, o conteúdo será sempre visto.

6. Quanto tempo dura uma entrevista?

Depende do entrevistador. Normalmente, a maioria das entrevistas vai durar de 30 minutos até alguns casos mais extremos, de duas horas. No convite para a entrevista costuma vir o tempo de duração. O padrão mais comum costuma ser uma hora. Mas não pense que você tem uma hora para falar: cronometre sempre que o seu discurso tem de durar no máximo metade do tempo reservado para a entrevista, idealmente um terço do tempo. Porque o primeiro terço costuma ser utilizado para uma abertura, com o entrevistador falando um pouco da empresa e da oportunidade em questão. No segundo terço do tempo, o candidato vai contar sobre suas experiências. E resta um terço final para o entrevistador fazer perguntas, tirar dúvidas e também para falar do fechamento e dos próximos passos. Se o candidato monopolizar o tempo querendo falar durante toda a entrevista, perderá pontos com os entrevistadores que não conseguirão explorar tudo de que precisam — dificilmente esse profissional seguirá no processo seletivo.

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7. É verdade que o aspecto comportamental é muito importante em um processo seletivo?

Sim, o perfil comportamental é decisório na hora de contratar uma pessoa. As habilidades técnicas e a experiência prévia levaram o currículo a ser escolhido para uma entrevista, mas o grande divisor de águas que elegerá o finalista será o perfil comportamental e a adequação com a cultura da empresa e com o perfil do gestor.

8. Quais são os erros clássicos comportamentais que excluem um candidato em um processo seletivo?

Características que eliminam candidatos são: ser prolixo demais, não ouvir as perguntas e dar voltas para responder ou responder algo diferente do que foi perguntado; falta de educação, como chegar atrasado e não pedir desculpas pelo atraso ou interromper o recrutador algumas vezes não o deixando concluir a frase; não saber contar sobre suas experiências passadas; não fornecer dados numéricos das conquistas anteriores (por exemplo: eu consegui uma redução de custo de x para y); passar insegurança ao não olhar para o entrevistador, mantendo a cabeça baixa; não se preparar para estar em um local apropriado para a entrevista e conversar andando na rua ou de um lugar que não permite responder às perguntas adequadamente. Não se mostrar interessado na vaga. Falar mal dos seus antigos empregadores. Veja esse artigo que traz mais algumas dicas nesse sentido.

9. Devo pedir feedback ao recrutador no final da entrevista?

O ideal é não pedir. Primeiro porque, muitas vezes, o recrutador está falando com mais pessoas e não terá uma resposta formada naquele momento sem ter tido o parâmetro comparativo. Dependendo do perfil do gestor que está entrevistando, ele pode se sentir acuado com o pedido e ficar desconfortável. Se o entrevistador quiser, vai te dar um feedback no final dizendo algo do tipo: “Acho que você tem o perfil que estamos buscando, você receberá um retorno nosso em breve para marcarmos a próxima etapa”. Aproveite o final da entrevista para fazer perguntas inteligentes sobre a empresa e a oportunidade.

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10. Quanto tempo após a entrevista devo esperar para pedir um feedback de próximos passos ao recrutador?

O ideal é, ao final da entrevista, perguntar por quanto tempo você deve esperar por um retorno. E entrar em contato depois desse período. Se não falarem nada, vale aguardar pelo menos de uma a duas semanas para pedir a devolutiva. Acorde também qual é o melhor canal de contato, se é por email ou Whatsapp, por exemplo. Se a pessoa não der o feedback, espere mais uns dias e peça novamente. É chato saber que muitos recrutadores não dão retorno. Eu acho tão importante dar os feedbacks negativos; é um sinal de respeito ao próximo. Sei que, em alguns casos, o processo pode se estender mais do que o previsto e o retorno demora a vir. Por isso, se você fizer contato se mostrando interessado, provavelmente saberá o que está acontecendo nos bastidores e terá a devolutiva.

11. O que fazer se eu receber uma contraproposta do meu atual empregador?

O ideal é não aceitar a contraproposta: uma vez que você comunicou que está saindo da empresa, a relação de confiança que existia é quebrada e o futuro na atual organização pode estar comprometido no médio e longo prazo. A empresa deveria ter valorizado seu trabalho antes de você buscar uma nova oportunidade, e não apenas no momento da demissão. Vejo que a maioria das pessoas que ficam na contraproposta sai nos seis meses seguintes, seja por iniciativa própria, seja porque a empresa fez o desligamento. Antes de comunicar o seu empregador, pense com cuidado se vale a pena aceitar aquela oferta de emprego e, se a resposta for “sim”, seja firme na decisão após comunicar o seu atual empregador. Se a dúvida for um aspecto financeiro, avalie se pode ser interessante pedir luvas ou hiring bonus para ter mais segurança de aceitar uma nova proposta.

Sei que as dúvidas que vão surgindo quando participamos de processos seletivos são muitas. Mas, quanto mais você estudar sobre o tema e sobre a empresa para a qual está sendo entrevistado, fica mais fácil conseguir se sair bem nas etapas. E eu fico na torcida para que essas respostas te ajudem nos próximos processos seletivos.

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