Maioria acredita que precisa mudar de emprego para crescer na carreira
Segundo levantamento da Microsoft, 68% dos mais de 20 mil entrevistados ficariam mais tempo no emprego se tivessem oportunidades de desenvolvimento
maioria dos profissionais ficaria mais tempo na empresa em que trabalha se tivesse oportunidades de crescimento e desenvolvimento, mostra o novo relatório de tendências do trabalho da Microsoft, com 20 mil trabalhadores de 11 países, incluindo o Brasil. De acordo com o Work Trend Index Pulse, 77% dos líderes e 68% dos liderados preferem fazer uma movimentação lateral que ofereça aprendizado a crescer verticalmente com uma promoção que não agregue conhecimento. E 55% afirmam que a melhor forma de crescer é buscando outro emprego.
O estudo aponta quais atitudes são fundamentais para o futuro dos negócios. Saiba mais.
1. Acabar com a paranoia da produtividade
No modelo híbrido, muitos líderes perderam a referência do que é ser produtivo, já que não conseguem ver os funcionários o tempo todo para checar o que estão fazendo. Isso reforça a falsa crença de que atuar à distância diminui o comprometimento dos profissionais — e que presença física é sinônimo de dedicação à companhia.
De acordo com os dados, 87% dos trabalhadores relatam ser produtivos, mas 85% dos líderes consideram que o modelo híbrido traz dificuldades para saber se os empregados estão de fato sendo produtivos. No Brasil, 97% dos profissionais disseram estar produzindo mais, embora 88% dos gestores afirmem que não conseguem quantificar a produtividade no modelo híbrido.
Gestores que trabalham de forma presencial confiam mais em seus funcionários: apenas 36% dizem que têm dúvidas sobre a produtividade de seus subordinados. Líderes de equipes híbridas são mais propensos a questionar o comprometimento: 49% consideram difícil se certificar de que os funcionários estão produzindo.
Para evitar essa paranoia, os gestores devem definir metas claras, medir resultados, em vez de presença, e ouvir a equipe. Mas esse último quesito, relacionado à comunicação, parece ser outro desafio, já que 57% das empresas raramente ou nunca ouvem os funcionários sobre a experiência deles no trabalho.
*87% dos funcionários responderam que são produtivos no trabalho
*12% dos líderes têm plena confiança de que seus funcionários são produtivos
De acordo com o estudo, a paranoia da produtividade pode tornar o trabalho híbrido insustentável. Líderes deveriam deixar de se preocupar se seus funcionários estão trabalhando o suficiente e passar a ajudá-los a se concentrar no que é mais importante. Segundo a pesquisa, 53% dos líderes e 43% dos liderados se sentem exaustos. Portanto, priorizar deve ser mais do que organizar uma lista de tarefas urgentes: se tudo é importante, nada é. Definir o que não é relevante é tão essencial quanto determinar o que deve ser feito
2. Dar significado ao trabalho presencial
Não faz sentido exigir que o funcionário esteja no escritório se a função permite que atue à distância ou se não há um motivo relevante para tal, como a socialização: 78% dos líderes e 73% dos liderados dizem que precisam de uma razão maior para o trabalho presencial do que apenas as expectativas da empresa. Mas 84% disseram que se sentiriam motivados a ir à empresa se pudessem socializar com seus colegas.
* 79% das gerações Y e Z e 72% da geração X e mais velhos querem ver seus amigos de trabalho pessoalmente
* 78% das gerações Y e Z e 72% da X e mais velhos estão interessados em se conectar com a liderança
* 80% das gerações Y e Z e 76% da X e mais velhos querem se relacionar com seus gestores diretos pessoalmente
3. Oferecer oportunidades de crescimento e desenvolvimento
A maioria dos profissionais diz que permaneceria mais tempo na empresa se tivesse oportunidades de desenvolvimento: 77% dos líderes e 68% dos liderados preferem fazer uma movimentação lateral que ofereça aprendizado a crescer verticalmente com uma promoção que não agregue conhecimento. No Brasil, 81% afirmaram que ficariam mais no emprego se tivessem apoio e acesso à aprendizagem. Dois em cada três funcionários dizem que ficariam mais tempo na empresa se fosse mais fácil mudar de função internamente (68% no geral, 73% entre a geração Z, 73% dos millennials e 65% da geração X).
O crescimento na carreira também importa, mas não é a realidade para mais da metade dos entrevistados: 68% dos líderes e 56% dos liderados dizem que não há oportunidades de ascensão suficientes na empresa em que trabalham. Para 55%, a melhor forma de crescer é buscar outro emprego.
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