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Os aprendizados da pandemia: o que vai mudar no mundo do trabalho?

A crise da covid-19 trouxe uma série de mudanças que terão impactos para as carreiras, habilidades e estilos de gestão. Saiba quais são

Por Elisa Tozzi
12 ago 2021, 07h00

A crise da covid-19 trouxe diversas transformações para o mundo do trabalho. O home office deixou de ser visto como uma realidade distante e as discussões sobre saúde mental e vulnerabilidade ganharam força dentro das empresas, por exemplo. Mas quais outras mudanças a pandemia trará para o futuro? Especialistas do Talenses Group, consultoria de recrutamento, trazem as suas visões.

João Marcio Souza, CEO da Talenses Executive

 

Conscientização da liderança

“A pandemia promoveu uma ampliação da consciência da liderança sobre a razão de existir das organizações. Tempo difíceis trazem à tona o melhor das pessoas. Portanto, houve com toda certeza ampla revisão da visão, missão e valores das organizações. E, como consequência, um ajuste na cultura organizacional, o que poderá – no médio e longo prazos – ser muito benéfico para o mercado de trabalho e para os profissionais em geral”

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Novas competências

“Foi nítido e muito positivo durante a pandemia observarmos o desenvolvimento e o exercício de novas competências no alto escalão, até ontem pouco praticadas. Percebemos habilidades ou comportamentos como a humildade, demonstração de vulnerabilidade, sensibilidade, inteligência emocional, equilíbrio, moderação, colaboração, paciência, tolerância, compreensão, acolhimento, escuta ativa, adaptabilidade, flexibilidade, criatividade, iniciativa, persistência, intraempreendedorismo, consciência e influência estratégica, antecipação e inovação, comunicação, pensamento crítico e visão holística sobre problemas e oportunidades.”

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Rodrigo Vianna, CEO da Mappit, do Talenses Group

 

Impacto nas carreiras femininas

“Uma pesquisa realizada pelo Talenses Group em parceria com a Fundação Dom Cabral mostra que 81% das mulheres sentiram impactos na saúde mental por conta da pandemia. Entre os homens, o índice é de 68%. Os motivos da discrepância, infelizmente, não são exatamente uma novidade, mas um reflexo da cultura patriarcal em que vivemos, que ainda precisa ser desconstruída, em que as mulheres ainda se dedicam mais às atividades domésticas, incluindo as tarefas de casa e a educação e entretenimento dos filhos, do que os homens.”

 

Olhar mais atento para a diversidade

“Embora o número de vagas dedicadas às minorias continue baixo, olhando pela ótica do aprendizado, vemos que muitas empresas deixam de fazer ações pela obrigação e cumprimento de números mínimos direcionados à minoria, e passam a fazer pelo propósito da inclusão. A aderência ao home office é um ponto muito positivo para os profissionais PCDs, já que os poupa do deslocamento e, por consequência, de todas as questões físicas e emocionais envolvidas nisso.”

Caroline Cadorin, diretora do Talenses Group

 

Humanização das relações

“Momentos tão complexos exigem mais empatia, respeito e parceria. As relações profissionais passam a ser ainda mais cuidadas, o indivíduo se torna o centro das atenções. Sem contar que cada um de nós, em sua maioria, trouxe o trabalho para dentro de casas, o que evidenciou nossas limitações e nossas responsabilidades, não somente como profissionais, mas como pais, mães, filhos ou filhas e companheiros. Também nos tornamos mais sensíveis aos outros, não necessariamente nossos conhecidos, mas pessoas que simplesmente estão enfrentando, por vezes com ainda mais dificuldade do que nós, esse período de turbulência. Nesse sentido nos unimos, buscamos forças que nem sempre estão disponíveis, mas fazemos o melhor para ajudar. Isso nos aproxima, nos faz entender e abraçar as diferenças, inclusive dentro do cenário profissional.”

Fernando Pedro, diretor geral da Assigna

 

Home office sem preconceito

“Trabalhar em casa era algo com algumas restrições e, por causa disso, muitas empresas não estavam dispostas a permitir que seus funcionários trabalhassem remotamente. No entanto, uma vez que as cidades começaram a ser fechadas, o trabalho remoto foi amplamente adotado e as companhias perceberam que os funcionários podem trabalhar com menos supervisão e ainda assim cumprir as metas”

Trabalho temporário em crescimento

“O número de vagas temporárias cresceu de uma forma expressiva. Posições estratégicas que anteriormente ficavam restritas às contratações permanentes passaram a ser realizadas como temporárias. Muitas empresas entenderam que ter um profissional especializado por tempo determinado pode ser produtivo. E isso também pode ser enriquecedor para os profissionais, que ganham dinamismo na carreira ao passarem pela cultura de diferentes empresas e aprenderem diferentes formas de trabalhar.”

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