Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Como fazer avaliações de desempenho mais justas

É preciso ver o ser humano por trás da função que ele cumpre na empresa, e uma forma de conseguir isso é preparando as lideranças

Por Isis Borge
Atualizado em 21 set 2022, 17h07 - Publicado em 5 ago 2022, 07h34
Mulher com cabelo ruivo cacheado sorri para a câmera, ao lado de homem com dread no cabelo e camisa xadrez sobre camiseta branca
 (Brooke Cagle/Unsplash/Divulgação)
Continua após publicidade
C

omo migraremos para avaliações de desempenho mais justas? Para responder a essa questão, acho importante começar com outra reflexão: “O que é liderança para você?”. A palavra “líder” vem do celta e significa “o que vai na frente”. Pela definição do dicionário Aurélio, liderança é comando, direção e hegemonia. Uma definição que acho interessante é a de Nitin Nohria: liderança é, essencialmente, um ato de comunicação em que o líder, por meio da persuasão e do uso das palavras, consegue convencer pessoas a seguir suas ideias, não impondo vontades, mas tornando-as atrativas.

Quando questiono candidatos que são gestores sobre o estilo de liderança que exercem, as respostas são variadas. Porém, quando pergunto a eles sobre o perfil de líderes que mais lhes agrada, a maioria prefere os que sejam íntegros, justos, empáticos, que pratiquem a inclusão, saibam ouvir e delegar, deem autonomia e desenvolvam a equipe. Os gestores abertos à inovação e que valorizam mais a qualidade da entrega do que a carga horária também se destacam. Troquei essas percepções com mais recrutadores e a retórica é a mesma.

Quando o gestor não atende às expectativas, a tendência é que o liderado busque se movimentar para outra oportunidade. Isso acontece porque, em grande parte, os líderes e o nosso relacionamento com eles têm o poder de agregar leveza ou pressão aos nossos dias, podem fazer com que a nossa jornada profissional seja boa ou um pesadelo, impulsionar ou travar promoções, influenciar contratações ou demissões, desenvolver a nossa autonomia, potencializar força e mitigar pontos de melhoria.

Sabendo que as relações dentro de uma organização podem ser bastante complexas, muitas companhias têm considerado a opinião de mais pessoas — de diferentes departamentos e níveis hierárquicos — na avaliação de desempenho de seus colaboradores. O objetivo é fazer julgamentos mais justos e diminuir o impacto gigantesco que o líder direto tem sobre o tema, sem desconsiderar a relevante opinião desse gestor. Mas, ainda assim, hoje em dia a maioria das promoções acontece com ajuda e confiança do líder direto, e a contrapartida também é verdadeira: quando o relacionamento com o gestor não é bom, a carreira pode ficar estagnada.

Continua após a publicidade

Há empresas testando avaliações baseadas em ciências de dados, tentando tangibilizar resultados e comportamentos de uma forma mais comparável entre as pessoas. Já ouvi discussões sobre empresas desenvolvendo algoritmos de inteligência artificial para realizar avaliações mais justas e padronizadas, buscando driblar os desafios de interpretar dados quando o assunto é comportamento humano. Será a IA o futuro?

E como formar líderes mais conscientes? No livro O Líder Criador de Líderes, o consultor Ram Charan fala sobre o desafio dos CEOs para preencher as lacunas das posições de comando e que cada gestor deve tratar a identificação e o desenvolvimento da liderança como parte crítica do seu trabalho diário. A recomendação dele é que os gestores dediquem entre 20% e 25% do seu tempo a observar e desenvolver possíveis candidatos a funções de liderança, oferecendo treinamento para que essas pessoas superem possíveis vieses inconscientes.

Os últimos anos têm sido de muitas quebras de paradigmas no mundo corporativo. Uma delas é realmente enxergar o colaborador além da função descrita no seu crachá, além da sua superfície. E as avaliações, quando bem estruturadas, são poderosas ferramentas para alcançar esse objetivo.

Continua após a publicidade

Assinante: leia a reportagem no app ou no Go Read

Compartilhe essa matéria via:

Este texto faz parte da edição 81 (agosto/setembro) de VOCÊ RH. Clique aqui para se tornar nosso assinante

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.