Os brasileiros estão com índices altos de estresse e ansiedade. É isso que releva uma pesquisa feita pela OrienteMe, plataforma de terapia online, que ouviu mais de 16.000 profissionais. Segundo o estudo, 53% dos entrevistados estão com níveis altos de estresse, 47% estão com ansiedade e 43% sofrem de depressão.
“Sempre tivemos problemas de ordem emocional, mas com a pandemia tudo isso se potencializou”, diz Renata Tavolaro, head de psicologia da OrienteMe. “A crise da covid-19 causou tensão mental em muitas pessoas. E para aqueles que vivem com ansiedade e depressão, o impacto é severo. Os eventos negativos da vida são o gatilho número um que causa recaídas ou agravamento dos sintomas de ansiedade e depressão.”
Para a psicóloga, as mudanças drásticas que sofremos na rotina também são explicações para o impacto na saúde mental. “O excesso de reuniões, a falta de sociabilização e de relacionamento social também fazem com que o estresse seja maior”, diz a especialista.
Qual é a diferença entre estresse, burnout, ansiedade e depressão?
Segundo Renata, cada um desses problemas tem as suas especificidades. Entenda as diferenças abaixo.
Estresse: é uma resposta biológica normal para eventos que fazem você se sentir ameaçado. No entanto, a permanência deste estado de alerta pode acarretar sintomas físicos, como: taquicardia, respiração acelerada, sudorese, aumento da pressão arterial, entre outros.
Burnout: é um estado de estresse crônico que leva à exaustão física e emocional, muitas vezes com sentimentos de ineficácia e falta de realização.
Ansiedade: é uma reação considerada normal a situações estressantes que estão por acontecer. Mas, em alguns casos, ela se torna excessiva e pode causar problemas nas situações de cotidiano das pessoas, tanto na vida social quanto na vida profissional e pessoal.
Depressão: é um sentimento de tristeza suficientemente intenso para afetar o desempenho de funções e/ou reduzir o interesse ou o prazer em atividades, é como se a vida perdesse o colorido. É possível que surja depois de uma perda recente ou de outro acontecimento triste, mas é desproporcional em relação ao acontecimento e se prolonga por mais tempo do que seria normal.
O que fazer para lidar com esses problemas?
“Existem algumas dicas simples que podem ajudar as pessoas a superar este momento tão desafiador e conquistar um equilíbrio emocional”, diz Renata. A psicóloga indica os cinco passos abaixo para cuidar da saúde mental.
1. Autoconhecimento
Processo onde a pessoa faz uma viagem interior e entende quais são suas potencialidades e seus pontos fracos a serem desenvolvidos. A partir do autoconhecimento, a pessoa pode gerenciar suas emoções e aprender a lidar de forma mais resiliente com as situações que a vida lhe impõe.
2. Cuidado com a alimentação
A forma como você se alimenta tem impacto direto na sua saúde e o nutricionista tem papel fundamental para que você faça boas escolhas.
3. Atividades físicas
O exercício físico contribui para manter a oxigenação do cérebro, além de favorecer a produção de endorfina, substância responsável pelo bem-estar.
4. Manter o sono em dia
Ter uma boa noite de sono é fundamental para o bom funcionamento do cérebro.
5. Terapia
Ao perceber dificuldades em lidar com os sentimentos e emoções, procurar um profissional da área de psicologia pode ser o primeiro passo para a mudança. Esse profissional usará técnicas e intervenções baseadas em evidências para conduzir o paciente ao autoconhecimento. Isso motiva a pessoa a ver outras perspectivas e a ter outros comportamentos e pontos de vista.
Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de VOCÊ RH? É só clicar aqui para ser nosso assinante.