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Cargo de ‘Chief of Staff’ ganha força no RH e em outras áreas

CoS: função que era popular no governo e em órgãos públicos está cada vez mais presente em cinco segmentos corporativos. Confira.

Por Izabel Duva Rapoport
Atualizado em 22 ago 2025, 13h16 - Publicado em 22 ago 2025, 12h54
Esfera de cor vermelha subindo com uma escada, as outras a seguem e ajudam a esfera a subir.
 (Eoneren/Getty Images)
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Nos últimos dois anos, a demanda global por Chief of Staff (CoS) especializados, com expertise setorial, cresceu 28% no mundo corporativo, segundo pesquisa da The Chief of Staff Association (CSA). “Eles estão sendo cada vez mais cobiçados pelas empresas, pois são fundamentais para que a estratégia de negócios seja conduzida com bom fluxo de comunicação entre os times e a alta cúpula”, afirma Carolina Laboissiere, diretora regional da CSA no Brasil.

Essa função, que há alguns anos era popular no governo e instituições públicas, hoje vem ganhando espaço no mercado, tornando-se peça-chave de segmentos como RH, finanças, tecnologia, marketing e startups. Nas empresas, o CoS faz o elo entre os times e a liderança, além de acompanhar a tendência de estruturas mais segmentadas e técnicas.

Tradicionalmente, de acordo com a especialista, o CoS atua junto ao CEO ou fundador como braço direito na execução de estratégia, mas, devido à especialização da função, também é cada vez mais comum que esteja alocado junto a outros executivos sêniores, como C-Levels e VPs, apoiando decisões em diferentes áreas.

O relatório indica que o aumento da demanda foi impulsionado pela volatilidade econômica, pelo avanço da transformação digital e pela maior atenção das companhias à cultura organizacional. “O CoS moderno deixou de ser apenas um articulador de agendas e passou a ser um tradutor estratégico, que entende profundamente o negócio e consegue apoiar decisões críticas com base em dados e contexto”, afirma Carolina.

Abaixo, confira os cinco segmentos em que os CsO estão se destacando cada vez mais ou “se consolidando como aliado”, ressalta a diretora regional da CSA no Brasil. 

1. Recursos Humanos

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Com a pauta de pessoas em evidência nas empresas, o CoS ajuda o CHRO (Chief Human Resources Officer) a implementar políticas de diversidade, inclusão e engajamento, além de conectar cultura e estratégia de negócios. Também acompanha projetos de transformação organizacional e clima interno. “Um estudo global da Deloitte apontou que 64% dos CEOs colocam cultura e engajamento como prioridade estratégica, reforçando a importância do CoS como guardião da cultura organizacional”, destaca.

2. Finanças

O CoS voltado à área financeira atua como braço direito do CFO (Chief Financial Officer) na análise de indicadores, no monitoramento de riscos e na tradução de dados contábeis para decisões de alto impacto. Também facilita a comunicação entre áreas técnicas e não técnicas, garantindo alinhamento estratégico. “No setor financeiro, por exemplo, o aumento da instabilidade e a necessidade de decisões rápidas criaram um ambiente em que, segundo a PwC, 72% das empresas relatam buscar profissionais capazes de traduzir relatórios técnicos em ações imediatas, papel que o CoS de finanças desempenha com excelência”.

3. Tecnologia 

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Em um cenário de aceleração digital, o CoS especializado em tecnologia auxilia o CTO (Chief Technology Officer) a priorizar projetos, coordenar equipes ágeis, gerenciar riscos de cibersegurança e conectar a inovação tecnológica às metas corporativas. “O avanço tecnológico é outro motor dessa mudança: relatório da McKinsey mostra que 91% das empresas consideram a tecnologia o principal impulsionador de crescimento, tornando o CoS de tecnologia peça-chave para conectar inovação e resultados”, esclarece.

4. Marketing e Growth

O CoS de Marketing e Growth une dados, criatividade e visão de negócio. Ele ajuda o CMO (Chief Marketing Officer) e o Head of Growth a traduzir métricas de performance em estratégias de marca, coordenar campanhas multicanal e alinhar comunicação e posicionamento ao mercado. “Dados da Gartner indicam que 70% das marcas aumentaram o investimento em mídia digital em 2024, o que exige um CoS capaz de alinhar dados, criatividade e posicionamento. Já no ecossistema de startups e scale-ups, uma pesquisa da CB Insights revela que 75% dos fundadores veem dificuldade em manter governança sem perder velocidade, exatamente o tipo de desafio que o CoS ajuda a resolver”, diz Carolina.

5. Startups e Scale-ups

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Em negócios de rápido crescimento, o CoS atua junto a fundadores e investidores para estruturar processos, acelerar captação de recursos e manter foco no crescimento sustentável. É uma função que equilibra agilidade e governança. “No ecossistema de startups, o CoS é o estabilizador em meio ao caos. Ele ajuda a priorizar, organizar e manter a visão de longo prazo em um ambiente de decisões rápidas”, explica.

Capacitação constante

A especialização do CoS exige não apenas habilidades de gestão, mas também qualificação técnica no segmento em que atua. “A formação contínua e o conhecimento aprofundado da área são diferenciais para que o CoS consiga agregar valor real à liderança”, comenta Carolina.

Em âmbito global, 65% dos CoS têm formação em negócios, direito ou engenharia, e 70% possuem MBA, segundo dados do Harvard Business Review. No entanto, a sua qualificação e atualização devem ser constantes, já que as demandas do mundo atual se modificam rapidamente.

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