Se antes era raro que uma empresa buscasse por profissionais de fora da cidade onde é sediada, isso vem se tornando mais comum depois da pandemia e da adoção de novos modelos de trabalho. Segundo a última edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), 73% dos recrutadores afirmaram considerar candidatos de outras localidades e 64% efetivamente o fizeram ao longo do último ano.
Segundo o levantamento, mais de 90% dos profissionais, entre permanentes, contratados para projetos especializados e pessoas desempregadas, estão dispostas a trabalhar para empresas de outra cidade ou até de país — 92%, 96% e 91%, respectivamente. Mas parte deles apontou que apenas aceitaria a proposta com a possibilidade de trabalho remoto ou caso a empresa disponibilizasse um apoio para o retorno à sua cidade de origem regularmente.
Na prática
Dos recrutadores que afirmaram considerar candidatos de outros locais, 29% disseram que não ofereceriam apoio para a mudança de cidade, 22% afirmaram que as vagas preenchidas por estes funcionários seriam remotas e 21% indicaram que ofereceriam apoio para a mudança caso fosse necessário. Dos 64% que de fato contrataram profissionais de outras cidades no último ano, 43% disseram que as contratações ocorreram para o modelo presencial, 35% afirmaram que foi para o híbrido e 22%, para o remoto.
Como incluir
Para os recrutadores, a adaptação à cultura local e corporativa, a geração de aproximação com a equipe e o tempo necessário para a adequação do profissional ao fluxo de atividades são os três principais desafios na integração desse público, com 63%, 52% e 44%, respectivamente. Já 37% também citaram a promoção de momentos de integração em um contexto de trabalho remoto como um desafio.
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