Estudo mostra que empresas devem valorizar qualidade de vida
A pesquisa O Futuro do Ambiente de Trabalho no Cenário Pós-Pandemia entrevistou centenas de profissionais para mapear tendências
fim de compreender os novos desafios e tendências do ambiente de trabalho no retorno presencial, a Nespresso Professional realizou a pesquisa O Futuro do Ambiente de Trabalho no Cenário Pós-Pandemia. O estudo lançou luz sobre as perdas trazidas pela pandemia e como o modelo híbrido pode ser a melhor opção para saná-las.
Os problemas mais citados por quem participou da pesquisa foram relacionados à falta de contato entre os profissionais. Em primeiro lugar, o que mais incomodou foi a diminuição de oportunidades de convivência, citada por 72%. Depois vieram a dificuldade de comunicação (31%) e de relacionamento impessoal (13%).
“O estudo busca compreender todos os aspectos que envolvem a rotina de gestores e colaboradores, que vai além de definir o melhor formato de trabalho. A qualidade de vida e a produtividade são os pontos fortes nesse período de retomada que envereda para um cenário híbrido. Saúde e bem-estar, por sinal, são alguns dos temas que entraram na pauta das empresas. É crescente o cuidado voltado aos colaboradores”, afirma Bianca Carmignani, líder de recursos humanos da Nespresso no Brasil.
Visões que contrastam
Por meio de 100 entrevistas telefônicas com gestores de RH de médias e grandes empresas de São Paulo e do Rio de Janeiro e outras 500 com profissionais de diferentes posições e áreas, o levantamento indicou que a visão dos líderes sobre novas formas de trabalho está desconexa com a realidade dos funcionários.
Se, por um lado, 99% dos gestores acreditam que há necessidade de investir em ações que promovam o bem-estar pensando no trabalho presencial, apenas 47% dos funcionários afirmaram que as empresas nas quais trabalham de fato fazem isso.
Vantagens que o híbrido pode trazer
Apesar das perdas, o modelo remoto também beneficiou muitos trabalhadores. De acordo com os respondentes, 64% conseguiram ficar mais tempo com a família e 52% passaram a praticar mais atividades físicas — 46% disseram ter economizado de uma a duas horas por dia de deslocamento.
Alguns entrevistados também citaram a menor frequência de networking (16%), falta de estrutura em casa (13%) e menos eventos da empresa (11%) como aspectos ruins do modelo totalmente remoto, que, de acordo com o levantamento, parece ser opção apenas no cenário de intensa pandemia ou em casos pontuais.
Os organizadores do estudo defendem que essas são lacunas que podem ser preenchidas pelo modelo híbrido, uma vez que, se bem planejado, ele é capaz de oferecer uma boa estrutura de trabalho em casa e ferramentas de comunicação adequadas ao cenário.
Tanto para a empresa, quanto para os funcionários, a palavra-chave para que o híbrido de fato funcione é a digitalização. Segundo os especialistas, a melhor maneira de se adaptar ao “novo normal” é revolucionar a cultura organizacional e implementar a tecnologia em termos de processos, eficiência, produtividade e simplicidade.
Na visão dos trabalhadores, o modelo híbrido também pode exigir a lapidação de algumas habilidades, como a proatividade, citada por 63%, a flexibilidade (53%) e o espírito colaborativo (49%).
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