a empresa canadense de comércio eletrônico Shopify, é proibido fazer reuniões às quartas-feiras. Agora, novas medidas pretendem levar as equipes a repensar o excesso de encontros. Uma delas é eliminar da agenda as reuniões recorrentes com mais de duas pessoas.
Outra é restringir as que concentram mais de 50 participantes: a partir de agora, elas só podem acontecer em um período de seis horas às quintas-feiras, com um limite de uma por semana. O CEO da empresa, Tobi Lutke, também incentiva que os profissionais se retirem de grandes grupos de bate-papo internos.
A medida tem causado polêmica nas redes entre quem defende a importância dos encontros periódicos, mas grandes empresas, como a Meta, criaram iniciativas para combater os excessos — e não as reuniões necessárias. Entre as orientações para as lideranças estão a de realizar eventos mais curtos e objetivos e, na maioria das vezes, só com a presença de quem vai contribuir para o andamento da conversa.
A ideia desse tipo de estratégia é que os demais funcionários, que precisam ser apenas informados sobre a discussão, recebam o comunicado por e-mail. A recomendação, claro, não se aplica a reuniões em que a proposta é engajar, compartilhar resultados ou confraternizar.
A prática, apesar de polêmica — já que deve ser adaptada à realidade de cada empresa que queira adotá-la —, parece válida. O número de reuniões online aumentou 153% desde o início da pandemia, indica o levantamento Work Trend Index 2022, da Microsoft, realizado com 31 mil pessoas em 31 países, incluindo o Brasil (leia mais sobre o estudo aqui). O crescimento do tempo semanal gasto nos encontros online desde fevereiro de 2020 foi de 252%.