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Como elaborar um currículo que sobrevive a processos seletivos automatizados

Muitos são rejeitados em uma etapa de triagem robótica antes do recrutador saber de sua existência. A solução? Ajustar a linguagem do documento.

Por Izabel Duva Rapoport
22 ago 2025, 15h42
Uma coleção de peças de xadrez de peões espalhadas ao redor de uma barra de pesquisa flutuante. A superfície é azul.
 (J Studios/Getty Images)
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“Hoje, quem rejeita seu currículo, na maior parte das vezes, é uma máquina”, afirma Virgilio Marques do Santos, sócio fundador da FM2S Educação e Consultoria, sediada na Unicamp. “Se você não usar as palavras certas, ela simplesmente ignora o seu perfil, independentemente da sua formação ou experiência.”

De acordo com o gestor de carreiras, para fazer a primeira triagem dos currículos, muitas empresas já utilizam ferramentas de automatização em seus processos seletivos, incluindo softwares que operam com a ajuda da inteligência artificial. Sistemas chamados de Applicant Tracking Systems (ATS) funcionam como leitores automáticos que escaneiam os documentos em busca de palavras-chave. Sem os termos corretos – geralmente extraídos da descrição da própria vaga – o candidato é automaticamente excluído da disputa.

Palavras-chave: saiba escolher

Na era dos robôs, “ser bom” não é suficiente. “Não basta ter pós-graduação, experiência internacional ou saber três idiomas. Se o currículo não mencionar exatamente o que a vaga pede, como ‘gestão de projetos’ ou ‘análise de dados’, por exemplo, as chances de descarte são enormes”, orienta o especialista.

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Segundo dados da plataforma americana Jobscan, fazer as adaptações necessárias, pode aumentar em até 80% as chances de um candidato ser chamado para a entrevista. Palavras-chave como “gestão de equipe“, “Lean Six Sigma”, “indicadores de performance”, “atendimento ao cliente” e “Power BI” estão entre as mais bem ranqueadas em processos seletivos automatizados. 

Currículo: uma ferramenta estratégica

Segundo o executivo, o documento não deve ser apenas um relato de experiências. “Um bom currículo hoje não é aquele que mostra tudo o que você já fez, mas mostra o que o mercado quer ver – com verdade, precisão, contexto e a terminologia certa.”

Além de personalizar o conteúdo, ele recomenda atenção ao título, que deve ser objetivo e direcionado. Expressões genéricas como “profissional versátil” ou “em busca de novos desafios” não agregam. “Um título como ‘analista de processos com foco em melhoria contínua e Lean Six Sigma’ comunica com muito mais clareza e impacto”, afirma Virgilio.

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Atenção para o formato do arquivo

Ter certeza de que o currículo está legível para as máquinas deve ser outro ponto de atenção. Não adianta o conteúdo ter fotos bonitas e layout agradável se foi elaborado e convertido para algum formato de arquivo que a tecnologia não lê. A dica, nesse caso, é abrir o documento e tentar encontrar palavras por meio do recurso de busca (Ctrl + F, no PC). Se isso for possível, o software recrutador conseguirá fazer a parte dele também.

“Hoje, ser competente é pré-requisito”, defende o especialista. “O diferencial está em saber como comunicar essa competência. Não se trata de inflar o currículo, mas de aprender a moldá-lo para cada contexto — como quem escreve um texto pensando no leitor certo”.

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