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Para 57% dos jovens aprendizes, o salário tem grande peso na renda familiar

Entre os aprendizes das classes D e E, o percentual equivalente é de 70%, segundo pesquisa realizada pela Companhia de Estágios.

Por Izabel Duva Rapoport
Atualizado em 3 ago 2025, 10h55 - Publicado em 2 ago 2025, 13h47
Grupo de jovens adultos, fotografados de cima, em diversas superfícies de asfalto pintadas, ao nascer do sol.
 (Klaus Vedfelt/Getty Images)
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A contratação de um Jovem Aprendiz traz à empresa novas perspectivas ao ambiente profissional, mas também gera um impacto positivo na vida dos estudantes que desejam entrar no mercado de trabalho formal sem experiência prévia, especialmente jovens de baixa renda.

Para 57% dos aprendizes ativos, os salários que recebem têm importância vital na composição da renda familiar, segundo pesquisa realizada pela Companhia de Estágios em parceria com a Opinion Box. Entre os jovens das classes sociais mais baixas (D e E), este percentual é ainda maior: 70%.  

A experiência profissional adquirida também tem importância na vida dos estudantes. Entre os que já participaram de um programa, 51% querem voltar por duas razões principais: o desejo de aprender mais e adquirir novas habilidades (53%) e a crença de essa é a forma mais fácil de ingressar no mercado de trabalho (41%).

“O programa expõe o jovem de baixa renda a aprendizados práticos, no dia a dia na empresa, e teóricos, por meio da capacitação semanal”, diz Tiago Mavichian, CEO e fundador da Companhia de Estágios. “Somada ao salário e benefícios que ajudam na renda familiar, a iniciativa tem potencial de transformar as perspectivas profissionais desses jovens, aumentando as chances de efetivação e de acesso ao ensino superior, por exemplo.”

A experiência profissional é considerada por 59% dos entrevistados como o principal motivo de interesse dos jovens pelo programa. Seguido de outras razões: porta de entrada no mercado de trabalho (46%), apoio na renda familiar ou custeio dos estudos (41%) e conhecimento da área de atuação (19%). Vale ressaltar que, dos que têm de 18 a 24 anos e optaram pela graduação, 68% frequenta instituições privadas de ensino superior, especialmente pela dificuldade de ingressar em universidades federais ou estaduais gratuitas.

Sobre aspirações, 90% dos jovens entrevistados têm desejo de viajar ao exterior e 87% de aprender inglês. Já entre os que não estão cursando ensino superior, 82% têm sonho de se formar na faculdade.

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Metade deles revela não ter medo de perder o emprego para a inteligência artificial e 28% diz ainda não ter posicionamento forte sobre o assunto. Outro tema abordado na pesquisa refere-se à busca pelas vagas: 54% usam aplicativos e plataformas de divulgação, 52% navegam por sites especializados e 22% ficam atentos às redes sociais, como Linkedin e Instagram, além de acompanhar grupos de estágio e o próprio programa Jovem Aprendiz.

Benefícios

76% dos entrevistados acham que os aprendizes deveriam receber os mesmos benefícios dos demais colaboradores da empresa e 88% dizem que esse complemento levaria aos jovens uma maior sensação de pertencimento à organização.

Por outro lado, dos jovens ativos no programa, 82% afirmam receber benefícios além do salário: vale-refeição e vale-alimentação (88%), vale-transporte (85%), assistência médica (49%), assistência odontológica (47%) e academia (47%). Neste item, o relatório da Companhia ressalta: “de acordo com a lei da aprendizagem, apenas o vale-transporte é benefício obrigatório no programa social”.

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Já entre os estudantes que desejam ser jovem aprendiz pela primeira vez, os benefícios citados são: vale-refeição e vale-alimentação (76%), vale-transporte (58%), home office (43%), academia (43%) e assistência médica (41%).

Geração Alpha

Embora ainda seja cedo definir um perfil profissional da Geração Alpha, composta por pessoas nascidas entre 2010 e 2024 ou 2025, já é possível, segundo Tiago, observar algumas tendências iniciais ao analisar um recorte da pesquisa realizada com jovens entre 14 e 17 anos. Esses adolescentes, na transição entre as Gerações Z e Alfa, estão majoritariamente no ensino médio e nos primeiros contatos com o mundo do trabalho, principalmente por meio de programas como o Jovem Aprendiz.

Entre eles, 89% frequentam instituições de ensino público com foco no ensino médio. Quanto à inserção no mercado, 21% são atualmente jovens aprendizes, 8% já participaram de algum programa e 71% não têm essa experiência, mas gostariam de ter. Entre os que são aprendizes, a pesquisa revelou que 67% dos jovens dessa faixa etária desejam ser efetivados – grupo que também se mostrou mais receptivo sobre a presença dos pais na entrevista de emprego: 48% disseram não ver problema nisso.

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O receio em relação à substituição por inteligência artificial é ligeiramente maior entre esses adolescentes: 28% afirmaram ter essa preocupação. Por outro lado, 76% disse não ter dificuldade em trabalhar com pessoas mais velhas.

A intenção de empreender se destaca nesse público, especialmente entre os jovens das classes D e E ou que ainda estão em idade escolar: 80% manifestam vontade de empreender no futuro, ante 64% dos jovens com mais de 18 anos. Em relação ao futuro, 78% dos adolescentes têm interesse em ingressar na universidade.

“Estamos em momento de transição de gerações. Muitas características da Geração Z são parecidas com as da Geração Alfa, mas algumas tendências já podem ser observadas. Foi notado, por exemplo, um movimento recente entre os jovens de 12 a 17 anos falando sobre o desejo crescente de empreender – o que foi comprovado na pesquisa”, destaca o especialista. “Portanto, ambientes que ofereçam esse desafio e estimulem o intraempreendedorismo, por exemplo, vão atrair a atenção dos mais jovens”. 

Curso teórico EAD

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Paralelo ao trabalho prático nas empresas, o programa Jovem Aprendiz, conforme a Lei da Aprendizagem (nº 10.097/2000), inclui um curso teórico como etapa obrigatória de formação, com objetivo de desenvolver conhecimentos técnicos e habilidades profissionais. Entre os jovens que participaram do programa, mas não fazem mais parte dele, 7 em cada 10 realizaram a formação teórica de modo presencial. Apenas 15% fizeram a formação em EAD e outros 15% fizeram em ambas as modalidades.

Apesar da predominância do formato presencial na experiência passada, o estudo da Companhia de Estágios revela uma forte crença na modalidade EAD: 63% dos entrevistados concordam que a possibilidade de curso à distância possibilita maior engajamento e retenção do conhecimento por parte dos jovens aprendizes. Apenas 12% discordam e 25% são neutros.

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