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Diana Gabanyi

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CEO da The School of Life
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Empreendedorismo: mais do que um plano, é um modo de pensar

Assim como quem decide ter um filho precisa de uma rede de apoio ao redor, quem deseja empreender precisa de pessoas bem intencionadas por perto

Por Diana Gabanyi, colunista de VOCÊ RH
22 mar 2023, 15h57
Mulher de calça preta e camisa branca segura um tablet enquanto olha pensativa para a janela. Ela usa óculos de acetato preto e esmalte vermelho nas unhas
 (Andrea Piacquadio/Pexels/Divulgação)
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Estou em um período de reflexão profunda sobre a minha jornada profissional. O momento foi impulsionado por dois acontecimentos especiais: a comemoração dos 10 anos da The School of Life no Brasil, que acontece em abril; e o recente lançamento do livro #BoraInspirar, um projeto muito especial que tive a honra de participar ao lado de outras 15 mulheres que, assim como eu, foram convidadas a compartilhar suas próprias histórias de empreendedorismo.

Ao escrever o meu capítulo no livro – que tem muito da minha parceria com a Jackie de Botton à frente da The School of Life – e ler as demais histórias da publicação, pude concluir que empreendedorismo é mais do que uma fórmula, investimento financeiro ou plano de negócio. É uma mentalidade, é um ato de coragem. Digo isso porque, muitas vezes, mesmo com muitos sinais de que o cenário ao redor é favorável, o medo pode nos paralisar. Se descuidamos, nos boicotamos diante da hipótese de “algo dar errado”.

Eu senti essa adrenalina me rondar quando, aos 19 anos de idade, me vi entrando em um avião rumo a Paris para minha primeira grande experiência como assessora de imprensa do tenista Gustavo Kuerten, que estava prestes a se tornar campeão de Roland Garros pela primeira vez, quando lancei a Revista Tennis View, quando assumi a comunicação de uma das edições do mundial de tênis feminino no Catar, quando, já ao lado da Jackie, fiz todo o trabalho de divulgação do documentário indicado ao Oscar Lixo Extraordinário.

Nos primeiros passos à frente da The School of Life, o medo também existia. Mas a Jackie e eu tínhamos algo maior que nos impulsionava: o desejo de fazer, que é a nossa principal marca. Lembro que, depois de uma verdadeira imersão em tudo o que diz respeito à escola e insistirmos muito com a sede de Londres sobre o nosso preparo para fazer um grande evento no Brasil, a direção global nos concedeu autorização sob a seguinte condição: “se der errado, fingimos que não aconteceu.”

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Nós duas começamos a The School of Life Brasil sem uma formação em educação. Passamos meses em Londres estudando e aprendendo os cursos da filial londrina, mas não tínhamos estudo formal na área. Nossas formações são diversas, entre comunicação e negócios. Mas, tínhamos muita vontade de continuar trabalhando juntas, depois do filme Lixo Extraordinário, e uma mentalidade empreendedora, de querer fazer algo novo que pudesse ajudar as pessoas a viverem melhor.

Claro que muita gente não tem essa opção e é tudo ou nada. Mas ter esse espaço seguro de tentativa e erro ajudou a manter a chama da nossa coragem acesa. Começamos com pequenos passos, atravessando todas as curvas de aprendizagem possíveis. Fizemos esse primeiro evento em abril de 2013, um curso intensivo, e depois fizemos encontros maiores para dar mais visibilidade à escola.

Passado esse momento, nos estruturamos mais para oferecer um curso por mês, depois um a cada quinze dias, um por semana e dois por semana, até nos sentirmos prontas para alugar o próprio espaço. Foi um crescimento cauteloso, mas constante e corajoso. Muito dentro do que sugere o filósofo chinês Confúcio na frase “não importa o quão devagar você vá, desde que não pare.” Quando vamos colocando nossos projetos pessoais e profissionais em prática com pequenos passos, com tentativas e erros, podemos ter essa opção.

Já se passaram 10 anos do nosso primeiro evento à frente da The School of Life. Hoje, temos uma escola estabelecida em São Paulo, na Vila Madalena, com a grande missão de ajudar as pessoas a viverem melhor por meio da Inteligência Emocional. Seguimos caminhando sem parar. Foi assim mesmo com a pandemia, quando podíamos ter desistido. Na época, colocamos a mão na massa e, em poucas semanas, transformamos todo o nosso material presencial em on-line. Nos adaptamos rapidamente e, recentemente, nos adaptamos de novo ao mundo híbrido.

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Neste ano, com uma nova grade de experiências, inclusive um Intensivo, o nosso principal curso renovado, continuo sentindo o mesmo frio na barriga a cada lançamento e a mesma alegria a cada contrato corporativo fechado. O brilho nos olhos permanece forte, até mais do que quando estávamos começando e tínhamos a sensação de não saber muito o que estávamos fazendo.

Durante esses anos, vi muitos amigos e colegas começarem seus negócios e terem sucesso, enquanto outros precisaram desistir. Além da mente empreendedora e confiança, tenho certeza de que o transformou a The School of Life em uma liderança em inteligência emocional no Brasil foi o fato da Jackie e eu permanecermos juntas. Nos momentos difíceis e de incerteza, ter alguém para segurar a sua mão faz muita diferença. É o que te dá a coragem de dar o salto de fé.

Com mulheres empreendendo cada vez mais, a minha sugestão não é simplesmente tenha coragem ou “estabeleça uma sociedade”, até mesmo porque sei que a Jackie e eu somos um caso raro, em que, acima de tudo, vale o respeito mútuo. Minha sugestão é: faça uso de programas e redes de apoio existentes.

Assim como quem decide ter um filho precisa de uma rede de apoio ao redor, quem deseja empreender precisa de pessoas bem intencionadas por perto, nem que seja apenas para compartilhar ideias,  pensar junto e dar aquele empurrão que vai fazer toda a diferença.

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