Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Esquenta Black Friday: Assine a partir de 7,99

Profissionais negras recebem 63% menos do que mulheres brancas

Pesquisa da Diversitera também mostrou que 28% das pessoas pretas e pardas afirmam que já enfrentaram episódios de preconceito racial.

Por Izabel Duva Rapoport
12 ago 2025, 17h08
Silhueta de três mulheres, figuras sem profundidade, sendo a do meio uma representação de uma mulher negra com cabelos cacheados.
 (Tatiana Maksimova/Getty Images)
Continua após publicidade

Quase 25% dos profissionais inseridos no mercado de trabalho formal são mulheres pretas e pardas. Ainda assim, elas encontram uma série de obstáculos para prosperar no mundo corporativo. É o que conclui um estudo da Diversitera, que expõe assimetrias entre as condições de trabalho da população negra e da população branca.

A renda média dos profissionais negros é 43% menor do que a renda dos brancos. A discrepância é ainda maior quando analisamos especificamente a remuneração das mulheres: as negras recebem, em média, 63% menos do que as brancas.

De acordo com o relatório, os números evidenciam uma discriminação sistêmica: mesmo ocupando funções iguais ou mais elevadas na pirâmide hierárquica das empresas, as mulheres pretas e pardas continuam desvalorizadas.

“Observar renda e remuneração é um ótimo caminho para compreender o que é o racismo estrutural e como ele opera no Brasil”, afirma Tamiris Hilário, especialista em questões étnico-raciais da Diversitera. “[O racismo está menos relacionado a] episódios individuais e cotidianos de preconceito, e mais [àquilo] que impactou e ainda impacta gerações de determinado grupo étnico-racial.”

 

Por isso, falar sobre dinheiro seria fundamental: “É preciso lembrar sempre que o colonialismo e o escravismo se sustentaram a partir da exploração econômica dos recursos do nosso país por meio de pessoas negras e indígenas”, argumenta Tamiris. “As consequências disso persistem até os dias atuais.”

Continua após a publicidade

Um espaço hostil

Além da disparidade na renda, o estudo revelou a presença de riscos psicossociais para pretos e pardos no ambiente de trabalho. A pesquisa mostra, por exemplo, que 28% das pessoas negras afirmam que já enfrentaram episódios de preconceito racial. Além disso, 9% afirmam terem sido vítimas de racismo explícito durante o exercício profissional.

25% das mulheres negras e 21% das pardas afirmam que já sofreram com microagressões no cotidiano de trabalho — ou seja, piadas, apelidos e comentários inapropriados. Enquanto isso, 17% das pretas e 11% das pardas afirmam que já testemunharam ou sofreram situações de preconceito explícito.

Continua após a publicidade

“É estratégico e ético acionarmos um olhar mais alargado sobre a realidade social do nosso país, que está repleta de desigualdades”, defende Tamiris. “Se o maior grupo populacional hoje é negro e feminino, é coerente garantir que ele não fique aprisionado ou estagnado na base da pirâmide e que, ao contrário disso, tenha mais possibilidades de mobilidade social e de vida digna de forma proporcional às estatísticas.”

Para acessar o panorama da população negra no mercado de trabalho, realizado pela Diversitera, clique aqui.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Gestores preparados vencem!
Por um valor simbólico , você garante acesso premium da Você RH Digital à informação que forma líderes de verdade.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Impressa + Digital

Gestores preparados vencem!
Por um valor simbólico , você garante acesso premium da Você RH Digital à informação que forma líderes de verdade.
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.