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Bem-estar: o contrato invisível que as empresas ainda não assinaram

89% dos profissionais afirmam que a qualidade de vida é tão importante quanto a remuneração. E esta mudança de paradigma é o cerne do futuro do trabalho.

Por Natália Alves, em colaboração especial para a Você RH*
Atualizado em 14 nov 2025, 12h18 - Publicado em 14 nov 2025, 12h15
Duas flores murchas em um vaso de flor de vidro em um cenário laranja
 (Giulia Fiori Photography/Getty Images)
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Durante décadas, acreditamos que a revolução nas empresas viria da tecnologia. Ela veio, mas não parou aí. Agora, o que vai transformar o futuro do trabalho vem de um lugar ainda mais poderoso: das pessoas.

De acordo com o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026, estudo da Wellhub que ouviu 5 mil trabalhadores em 10 países, 64% dos profissionais afirmam ter mudado de forma intencional sua relação com o bem-estar nos últimos cinco anos. É um número que representa uma virada cultural. O bem-estar deixou de ser um “agrado” corporativo, como frutas no escritório, pausas obrigatórias ou mesas de pingue-pongue, e se tornou um eixo de escolha de vida e carreira.

As pessoas estão fazendo sua parte. Elas querem prosperar em ambientes que as ajudem a viver melhor. Mas as empresas ainda não acompanharam essa mudança.

O novo contrato do trabalho

A verdade é que as pessoas já reescreveram o contrato psicológico com o trabalho, mas boa parte das empresas ainda opera com cláusulas ultrapassadas.

Enquanto apenas 22% dos profissionais brasileiros acreditam que o bem-estar realmente faz parte da cultura de suas empresas, 86% relatam sintomas de burnout. Ou seja: falamos sobre bem-estar, mas ainda vivemos à beira da exaustão.

Essa dissonância explica muito sobre o que estamos vendo nas organizações, da queda no engajamento ao aumento do turnover. A Geração Z e os Millennials estão deixando claro: bem-estar e salário agora estão no mesmo nível. No Brasil, 89% dos profissionais afirmam que cuidar da saúde e da qualidade de vida é tão importante quanto o que recebem no fim do mês, e 88% deixariam uma empresa que não prioriza isso.

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Eles não estão desmotivados, estão desiludidos com culturas que ainda confundem performance com disponibilidade permanente, presença constante e exaustão.

Bem-estar é produtividade, não benefício

O equívoco mais comum das empresas é tratar o bem-estar como custo, quando ele é, na verdade, um multiplicador de performance.

Segundo o estudo mencionado acima, 89% dos profissionais afirmam ser mais produtivos quando priorizam sua saúde e bem-estar. Isso significa que investir em bem-estar não é apenas agradar colaboradores, é impulsionar resultados.

As empresas que entenderam isso mais rápido saíram na frente. As que não entenderem logo perderão talentos, reputação e relevância.

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O bem-estar também é social

Os novos “happy hours” não acontecem mais em bares. Eles acontecem em academias, studios, parques e espaços de lazer. Mais de 90% dos profissionais afirmam que esses lugares os ajudam a lidar melhor com as pressões do trabalho, e 74% os frequentam semanalmente.

O que era antes um gesto individual virou uma experiência coletiva. O pertencimento agora se constrói fora das paredes do escritório, em espaços onde corpo, mente e conexão se encontram.

O papel da liderança

Nenhuma política corporativa de bem-estar sobrevive se a liderança não for o exemplo. Cultura não é o que está escrito nas diretrizes de RH, é o que os líderes praticam no dia a dia.

Quando líderes fazem pausas conscientes, falam sobre saúde mental e mostram vulnerabilidade, eles dão permissão para que toda a organização faça o mesmo. O oposto também é verdadeiro: quando a liderança normaliza o “aqui é correria” ou o “foguete não tem ré”, “trabalhe enquanto eles dormem”, ela alimenta uma cultura de esgotamento disfarçada de alta performance.

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O futuro do trabalho

Estamos diante de uma mudança de era. O bem-estar deixou de ser um programa a ser implementado e se tornou uma mentalidade a ser vivida. As pessoas já entenderam isso. Estão fazendo sua parte. Agora, é a vez das empresas assinarem o contrato invisível que define o novo futuro do trabalho, um contrato em que cuidar das pessoas não é opcional, é estratégico.

Porque no fim, o futuro do trabalho não será definido por quem trabalha mais, mas por quem cuida melhor de si e dos outros.

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*Natália Alves é vice-presidente de Desenvolvimento Organizacional e Diversidade, Equidade e Inclusão do Wellhub.

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