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4 em cada 10 empresas do país podem não resistir à falta de plano de sucessão

Especialistas alertam: muitas companhias deixam para tratar a transição de liderança apenas quando surge uma emergência, e nesse momento pode ser tarde.

Por Izabel Duva Rapoport
Atualizado em 11 set 2025, 18h11 - Publicado em 11 set 2025, 18h10
Foto conceitual de guarda-chuva protegendo a família, o patrimônio do carro e a casa.
 (Wong Yu Liang/Getty Images)
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A ausência de um planejamento sucessório coloca em risco a sobrevivência de cerca de 40% das empresas brasileiras até 2030, segundo relatório do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). O levantamento indica que, embora a maioria dos empresários reconheça a importância do tema, poucos transformam essa necessidade em estratégia estruturada, deixando as companhias vulneráveis a crises de liderança e à perda de competitividade.

Para Samuel Modesto, contador, especialista tributário e mentor empresarial, a sucessão precisa ser tratada com a mesma prioridade que o planejamento financeiro e estratégico. “Muitas organizações deixam para discutir sucessão apenas quando surge uma emergência, e nesse momento já é tarde. O processo deve começar com antecedência para preservar a operação, os contratos e a cultura organizacional”.

Entre os principais riscos de uma transição mal planejada, ele cita a quebra de confiança de clientes e parceiros, disputas societárias e a descontinuidade de projetos estratégicos. “A sucessão é mais do que escolher um nome para substituir o atual líder. É preparar essa pessoa, transferir conhecimento e alinhar a visão de futuro da companhia”, explica o contador.

Conflitos familiares

Dados do IBGC mostram ainda que 72% das empresas familiares no Brasil não possuem um plano de sucessão definido para cargos-chave. Outro estudo aponta que, embora cerca de 65% dessas empresas adotem alguma forma de governança, apenas 7% dispõem de mecanismos formais, como acordos ou protocolos, que são para prevenir e resolver conflitos familiares. Sem essa estrutura, a sucessão deixa de ser um processo planejado e transformador, tornando-se fonte de rupturas e desordem.

Em termos de longevidade, a persistência dos negócios familiares brasileiros é baixa: apenas 30% atravessam com sucesso a transição para a segunda geração, menos de 15% alcançam a terceira e menos de 5% resistem até a quarta. Esses números reforçam, segundo Samuel, a urgência de tratar o tema como estratégia, e não como algo a ser improvisado quando a liderança atual se afasta.

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Para ele, as estatísticas evidenciam que a sucessão mal conduzida pode significar o fim de décadas de trabalho. “Quando apenas uma em cada três empresas chega à segunda geração e menos de uma em dez à terceira, fica claro que a ausência de preparação é um risco à sobrevivência empresarial e ao legado construído”.

Antecedência é primordial

Nesse contexto, instituições como o IBGC e especialistas em governança recomendam que a sucessão comece com antecedência e seja acompanhada por protocolos, conselhos consultivos ou administrativos e formação estruturada dos herdeiros, como práticas que ajudam a preservar a cultura, contratos e continuidade do negócio.

A orientação é que o plano inclua etapas como definição de critérios objetivos para escolha de futuros líderes, treinamentos para capacitação técnica e comportamental e mecanismos de governança que assegurem a participação equilibrada de sócios e gestores. “A sucessão bem feita garante que a empresa não dependa de uma única pessoa para continuar crescendo e inovando”, observa.

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Além disso, Samuel ressalta a importância de comunicar o planejamento a todos os envolvidos, evitando incertezas e conflitos. “Quando há clareza e transparência, a transição acontece de forma natural e sem abalar a confiança do mercado”.

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