10 dicas para implementar um programa de voluntariado corporativo
86% dos funcionários se sentem mais leais a empresas que realizam ações sociais e 82% permanecem no emprego influenciados também por isso.

No trabalho voluntário, todos os envolvidos ganham, inclusive as empresas. Além de elevar a reputação, iniciativas sociais corporativas melhoram o clima organizacional e o relacionamento com a comunidade. Elas também contribuem para se conectar aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criado pela ONU na tentativa de envolver países, organizações e a sociedade civil na luta contra as desigualdades, entre outros propósitos.
De acordo com Marianna Taborda, CEO do V2V, especializada em programas de voluntariado corporativo, com a implementação de trabalhos como esses na rotina dos colaboradores, eles passam a ter novas interações e uma sensação de pertencimento mais frequente e consolidada. “Empresas que investem em voluntariado estratégico observam maior engajamento, atração de talentos e fortalecimento da marca, ao mesmo tempo em que contribuem para causas sociais de forma efetiva”, afirma.
Benefícios concretos
Um estudo feito pela Deloitte, chamado Pesquisa de Propósito e Impacto, revelou que 86% dos funcionários acreditam que organizações com programas de voluntariado bem estruturados têm maior probabilidade de conquistar sua lealdade, e 82% afirmam que essas iniciativas influenciam sua decisão de permanecer na empresa.
A especialista ressalta que a realização ou o aprimoramento dessas iniciativas, para que façam a diferença, requerem planejamento, escuta ativa e alinhamento com a estratégia do negócio. “Programas bem estruturados transformam não apenas as comunidades atendidas, mas também o ambiente interno da empresa, reforçando cultura, propósito e engajamento”, reforça a executiva, que compartilha dez dicas para criar um voluntariado corporativo de sucesso:
1. Comece pequeno, mas comece: não espere pelo programa perfeito. Escolha uma causa próxima à realidade da empresa e realize uma ação piloto para testar formatos e engajar os primeiros colaboradores.
2. Escute os colaboradores: pergunte quais causas e formatos mais os motivam. A escuta ativa aumenta o engajamento desde o início e torna as ações mais significativas.
3. Conecte com a estratégia da empresa: alinhar o programa aos valores e objetivos do negócio garante impacto social e reforça a cultura corporativa.
4. Crie oportunidades diversas: ofereça ações presenciais, digitais e de competências. Assim, cada colaborador encontra uma forma de participar que se encaixe em sua rotina e habilidades.
5. Engaje a liderança: convide líderes a serem os primeiros voluntários e embaixadores do programa. O exemplo da gestão inspira e motiva toda a equipe.
6. Defina indicadores desde o início: estabeleça métricas para medir impacto em colaboradores, comunidade e empresa. Isso evita que o voluntariado seja apenas “marketing social”.
7. Dê autonomia guiada aos voluntários: permita que os colaboradores proponham ações, mas ofereça ferramentas e suporte para que elas sejam bem estruturadas.
8. Integre com a comunidade: construa parcerias com ONGs locais e envolva os beneficiários nas decisões. Essa colaboração garante legitimidade e resultados mais duradouros.
9. Compartilhe histórias e reconheça os voluntários: comunique os resultados e depoimentos dos participantes. Histórias inspiram, fortalecem a reputação e estimulam novas participações.
10. Inove constantemente: teste novos formatos, como voluntariado online, mentoria, hackathons sociais e microvoluntariado, por exemplo. A inovação mantém o programa vivo, atrativo e relevante.