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Black das Blacks: Você RH com preço absurdo

Habilidade e motivação: o segredo para envelhecer bem

Com a ajuda da ciência, o RH pode tornar o ambiente propício para os profissionais com mais idade se realizarem. Saiba como.

Por Leo Caparroz
28 out 2025, 10h00
Imagem, em preto e branco, de velas de aniversário sendo acesas.
 (Vicky Leon/Getty Images)
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Passaram-se 17 anos desde a primeira edição da Você RH, em 2008. Quase na maioridade, a revista chegou à centésima edição! Bem a tempo de comemorar, veio o Prêmio Melhores Empresas para (se) Bem-Estar, tema da nossa reportagem de capa.

Mas a idade não costumava andar com o bem-estar. A gerontologia, que é a ciência dedicada a estudar todos os aspectos do envelhecimento humano, só começou a avançar no final do século passado. Até hoje, a maioria dos sinônimos de “envelhecer” são negativos, associados ao declínio físico e cognitivo.

A noção de que é possível envelhecer bem, com saúde e propósito, é algo extremamente novo. Mesmo em idade avançada, várias pessoas ainda têm muito a contribuir para a sociedade. Então, como o RH pode ajudar os colaboradores a conciliar o avanço do tempo com o desempenho no trabalho?

O que é envelhecer com bem-estar?

Quem atualizou as definições de envelhecimento bem-sucedido foram os autores Robert L. Kahn e John Rowe em seu livro Successful Aging, lançado em 1995. Os dois pesquisadores descreveram o termo como “um alto funcionamento físico, psicológico e social na velhice, sem doenças graves”. Passando isso para o ambiente corporativo, pesquisadores do início do século 21 sugerem que um bom envelhecimento no trabalho consiste na “adaptabilidade e saúde autorrelatadas pelos funcionários mais velhos, relacionamentos positivos, crescimento ocupacional, segurança pessoal e realização de objetivos pessoais”.

A descrição já ficou um pouco melhor, mas ainda dá para trazê-la para a realidade do RH. Em um estudo publicado no periódico Industrial and Organizational Psychology, um grupo de pesquisadores define o envelhecimento de sucesso como “a manutenção proativa ou a recuperação adaptativa (do declínio) de altos níveis de capacidade e motivação para continuar trabalhando entre colaboradores mais velhos”.

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Ou seja, conforme os profissionais têm mais idade, se eles mantiverem níveis positivos de capacidade e motivação, estarão envelhecendo com qualidade.

E como fazer isso?

A preocupação com o envelhecimento dos funcionários pode ser dividida exatamente nestas duas frentes mencionadas: habilidade e motivação.

Diante de novos desafios que aparecem naturalmente com a idade, como o declínio da saúde física ou do processamento de informações, é vital que o RH se dedique a manter (ou recuperar) os níveis de capacidade de atuação do colaborador. 

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No periódico Acta Psychologica, cientistas holandeses aconselham que, para profissionais mais velhos que não estão conseguindo manter os níveis de habilidade, trabalhos estimulantes podem ser uma boa estratégia. Demandas desafiadoras tendem a ser úteis na prevenção de futuros declínios cognitivos, e os supervisores podem agendar conversas regulares para identificar se a carga de trabalho está adequada e discutir adaptações. 

Além disso, como a motivação dos profissionais para continuar trabalhando costuma ser determinada pela sua crença de que ainda podem contribuir, um sistema de gestão de desempenho bem-concebido é essencial. Especificamente, a avaliação desses colaboradores precisa ser clara e consistente com as metas da empresa. Com isso, eles provavelmente terão uma melhor compreensão do que as organizações exigem deles e do que são realmente capazes de alcançar.

Ademais, práticas de RH podem motivar os comportamentos de autorregulação dos mais velhos. Uma pesquisa publicada no Journal of Applied Psychology mostrou que uma possível forma de estimular a autonomia do funcionário é envolvendo-o nas tomadas de decisão. Descrições de cargos flexíveis e desenvolvimento de carreira também podem oferecer um ambiente de trabalho favorável.

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É claro que os colaboradores mais velhos também se beneficiam de adaptações específicas para sua idade. Por causa da diminuição da capacidade física e cognitiva, sua saúde e sua segurança ocupacional são uma preocupação que o RH deve levar em conta. Práticas acomodativas, como redução da carga de trabalho e adequação ergonômica do ambiente, podem ser particularmente úteis para aliviar as demandas.

Ainda tem muito mais que o RH pode fazer para ajudar os colaboradores a envelhecer bem, obrigado. Mas a continuação vai ficar para outras edições. Assunto não falta.

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Este texto é parte da edição número 100 da Você RH. Clique aqui e confira outros conteúdos da revista impressa.

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