Maioria da Geração Z é contra o trabalho 100% remoto
71% dos profissionais nascidos a partir de 1997 preferem o formato híbrido. O presencial, por sua vez, é impopular entre todas as gerações.

Nenhuma geração é tão habilidosa com a tecnologia quanto a Geração Z, a única que nasceu e cresceu em um mundo já digital. No entanto, quando o assunto é ambiente de trabalho, ela é a mais propensa à interação presencial.
De acordo com uma pesquisa da Gallup, apenas 23% dos profissionais nascidos a partir de 1997 preferem o trabalho exclusivamente remoto, enquanto 35% dos funcionários de cada uma das outras gerações – os Baby Boomers, nascidos entre 1946 e 1964; a Geração X, entre 1965 e 1980; e os Millennials, entre 1981 e 1996 – escolhem o home office como o modelo favorito.
“Há um desejo por conexão presencial”, afirma Jim Harter, pesquisador chefe de Ambiente de Trabalho e Bem-Estar da Gallup, que ficou surpreso com os resultados do estudo. “Você poderia pensar que a Geração Z teria uma preferência automática pelo trabalho remoto, pois conseguem fazer muitas coisas digitalmente.” Mas, segundo ele, os mais jovens sentem que suas carreiras podem ser prejudicadas ficando 100% fora do escritório.
Mentoria, conexão e clareza sobre o seu papel na empresa estão entre as principais razões pela preferência do formato híbrido, escolhido por 71% dos nativos digitais. Jim também cita a solidão e destaca o resultado de um estudo da Gallup feito no ano passado: um em cada cinco funcionários afirma sentir solidão significativa – e os mais afetados têm menos de 35 anos.
O trabalho totalmente presencial, por sua vez, é impopular entre todas as gerações: apenas 6% dos profissionais da geração Z querem ir todos os dias ao escritório, por exemplo. Entre os Millennials, apenas 4%. Entre a Geração X, 9%. E, entre os Baby Boomers, 10%.