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NR-1 adiada: o que as empresas precisam entender sobre o novo prazo

Este é o momento ideal para as empresas se prepararem com mais responsabilidade, capacitando lideranças e implementando políticas de saúde mental.

Por Tatiana Pimenta, em colaboração especial com a Você RH*
18 ago 2025, 18h32
Vista frontal de uma ampulheta de areia azul sobre um fundo azul-rosa
 (Javier Zayas Photography/Getty Images)
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No último mês de maio, o Diário Oficial da União oficializou a prorrogação da entrada em vigor da nova redação da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) para o dia 26 de maio de 2026. A medida, assinada pelo Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, adia a obrigatoriedade de aplicação dos novos critérios previstos no capítulo 1.5 da norma, voltados ao gerenciamento de riscos psicossociais nas organizações.

A decisão repercutiu imediatamente no meio empresarial, dividindo opiniões. Para alguns, o adiamento foi um alívio diante da complexidade das exigências e da necessidade de mais tempo para adaptação. Para outros, trata-se de um retrocesso, que posterga avanços importantes na prevenção do adoecimento psíquico e no fortalecimento da saúde e segurança no trabalho.

A fiscalização não para

Embora o novo texto da norma só entre em vigor em 2026, é importante destacar que a fiscalização das condições de trabalho não será suspensa. A redação atual da NR-1, vigente desde 2022, continua sendo aplicada. E, mesmo sem a nova redação explicitando os riscos psicossociais, a legislação já prevê a obrigação do empregador de zelar pela saúde e segurança dos trabalhadores, incluindo a saúde mental.

Além disso, a NR-17, que trata da ergonomia, permanece em vigor e tem sido o principal instrumento utilizado pelos auditores fiscais para a autuação de empresas que não mapeiam ou gerenciam adequadamente os fatores psicossociais. Casos de assédio moral, metas abusivas, sobrecarga de trabalho, ambientes de alta pressão e ausência de espaços seguros para diálogo já são alvo de fiscalização, e as penalidades continuam a ser aplicadas.

O que muda em 2026

A nova redação da NR-1 trará uma abordagem mais objetiva e estruturada sobre os riscos psicossociais, incluindo a avaliação da magnitude e da severidade dos danos causados ao trabalhador. Essa mudança representa um avanço importante, pois tornará mais clara a forma como as organizações devem conduzir o gerenciamento desses riscos e permitirá uma fiscalização mais técnica e criteriosa.

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Apesar do novo prazo, a gestão dos riscos psicossociais já é uma obrigação legal e, mais do que isso, uma necessidade estratégica. Ignorar esse tema é negligenciar não apenas a saúde dos colaboradores, mas a sustentabilidade do próprio negócio.

O risco da inação

O adiamento não pode ser interpretado como uma oportunidade para estagnação. Pelo contrário, é o momento ideal para as empresas se prepararem com mais responsabilidade, estruturando diagnósticos robustos, formando lideranças preparadas para lidar com o tema e implementando políticas de saúde mental que façam parte da cultura organizacional.

A gestão de riscos psicossociais não se constrói de forma improvisada. Um mapeamento criterioso pode levar meses, e a definição de medidas de controle exige conhecimento técnico e uma profunda compreensão do ambiente organizacional.

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Procrastinar esse movimento significa correr o risco de enfrentar, no futuro, fiscalizações mais rigorosas, aumento de passivos trabalhistas e, principalmente, a perda de talentos e de produtividade, em um cenário onde os índices de adoecimento mental já são alarmantes.

Uma janela estratégica para a mudança

As empresas que compreenderem a relevância deste momento poderão usar esse tempo de forma estratégica para fortalecer sua governança em saúde mental e reduzir, de forma concreta, os riscos psicossociais no ambiente de trabalho.

É hora de deixar o discurso de lado e partir para a ação. O futuro do trabalho já começou, e ele exige organizações mais humanas, sustentáveis e conscientes do seu papel na construção de ambientes seguros, saudáveis e produtivos.

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Se existe um tempo ideal para agir, esse tempo é agora.

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*Tatiana Pimenta é fundadora e CEO da Vittude.

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