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Trabalhadores priorizam bem-estar e reconhecimento em vez de remuneração

Pesquisa destaca que equilíbrio, parceria e reconhecimento são os principais itens que constituem a empresa ideal.

Por Alexandre Carvalho
13 nov 2024, 17h49
Ilustração de manter a vida e trabalho equilibrado.
 (z_wei/Getty Images)
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Como os profissionais estão enxergando seu ambiente de trabalho? A Mental Clean, um negócio especializado em programas de saúde mental corporativa, encomendou a pesquisa “Tudo que Você Gostaria que seu RH soubesse 2024”. A iniciativa é uma parceria com a Oceano, empresa de comunicação e educação em saúde mental, e traz dados e insights interessantes sobre a questão.

Com o intuito de trazer o ponto de vista dos trabalhadores para as pessoas responsáveis pela tomada de decisão dentro das empresas brasileiras, foram ouvidos 803 profissionais, entre os dias 14 de agosto e 5 de setembro, de segmentos diversos: serviços, comércio, indústria, Governo, ONG, construção e agricultura, todos ocupando posições distintas dentro das organizações.

O que consideram necessário na empresa dos sonhos

Perguntados sobre o que não poderia faltar nas empresas, os profissionais tiveram de escolher quatro pontos de uma lista de 14 itens. Os mais votados foram:

Equilíbrio ou integração entre vida pessoal e trabalho – 55,8%.

Ambiente acolhedor aos erros e acertos – 48,1%.

Liderança parceira – 41,2%.

Sentir-se acolhido pelo que faz – 41%.

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Antes mesmo de remuneração, benefícios e planejamento, os quatro itens mais citados foram equilíbrio, parceria, reconhecimento e acolhimento. O resultado mostra que o cenário ideal é um local de trabalho mais humano e agradável, lembrando que, junto com as atividades, vêm uma série de responsabilidades acopladas. Quando se conquista isso em conjunto com uma liderança empática e acolhedora, não tem como dar errado.

Quase metade não percebeu iniciativas para saúde mental

A saúde mental dos trabalhadores também foi abordada. Uma das questões foi sobre o aumento de investimentos em ações que promovam melhorias na saúde mental dos funcionários. 50,9% disseram que houve, mas 41,3% não notaram e 7,8% não souberam responder. 66,1% dos profissionais acreditam nesse tipo de iniciativa e em sua eficácia, 24,8% disseram que avaliam como relativamente eficazes e 9,1% consideram pouco ou nada eficazes.

Vale destacar que palestras, treinamentos, suporte e benefícios são ações importantes. No entanto, não são suficientes por si só, especialmente quando são feitas de forma isolada. Os resultados indicam a necessidade de uma mudança cultural mais profunda para que a saúde mental dos profissionais seja verdadeiramente priorizada.

Você já teve burnout?

Apesar de o tema ter sido amplamente discutido, seu diagnóstico ainda é difícil e isso impacta na sua prevenção e no tratamento. Diante disso:

62% relataram algum sofrimento emocional relacionado ao trabalho;

38,2% responderam que acham que já tiveram burnout, mas sem um diagnóstico médico;

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30,2% disseram que não tiveram, mas conhecem alguém ao redor que sim;

15,4% disseram terem sido diagnosticados por um médico;

8,4% não sabem e 7,8% disseram não ter e não conhecer ninguém com o problema.

É muito sofrimento emocional para uma atividade que deveria nos dar sustento e alegria também. A pesquisa deixa o recado para as lideranças.

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