5 pilares para impulsionar a carreira e progredir no ambiente de trabalho
Para especialistas, a ascensão profissional e sustentável dentro das organizações está ancorada em reputação, conhecimento, coerência, resultado e comunidade.
Pesquisas recentes da Gallup apontam que líderes com alta confiança percebida aumentam o engajamento de seus times em até 23%, reduzem a rotatividade em 18% e impulsionam indicadores de performance em áreas como produtividade e segurança psicológica. “Reputação não é uma ideia abstrata; ela se traduz em comportamento e impacto real dentro das empresas”, diz a psicóloga Fernanda Tochetto. “Um profissional confiável cria equipes mais estáveis e produz mais”.
Estes números, de acordo com ela, dialogam com sua própria análise sobre desempenho e expansão de carreira, ancorada em cinco pilares: reputação, conhecimento, coerência, resultado e comunidade. Para ela, o crescimento no trabalho deixou de ser um processo associado apenas ao acúmulo de habilidades técnicas e passou a depender de um conjunto de fatores comportamentais e relacionais que influenciam diretamente a credibilidade do profissional.
Fernanda também destaca que o mercado tem valorizado cada vez mais o conceito de equity pessoal, de que é a soma entre reputação, competência, constância e a qualidade das relações que sustentam a trajetória de um líder. “ Trata-se de um patrimônio invisível que acompanha o profissional aonde ele vai. Ele não nasce do currículo, mas da forma como você se comporta, entrega e se conecta”, explica.
A seguir, a psicóloga aponta os pilares que, segundo ela, sustentam a expansão na carreira e os caminhos práticos para aplicá-los no dia a dia corporativo.
Reputação: o ativo invisível que antecede qualquer cargo
Para Fernanda, reputação é o primeiro instrumento de influência de um profissional, mesmo quando ele não está presente. “É o que as pessoas dizem quando você não está na sala”, simplifica. “A construção é silenciosa, mas o retorno é visível”. A percepção coletiva sobre comprometimento, transparência e previsibilidade, ela diz, impacta diretamente a possibilidade de assumir novos projetos, liderar equipes ou representar a empresa em iniciativas estratégicas.
Pesquisas da Harvard Business Review indicam que profissionais com reputação sólida têm 64% mais chances de assumir funções críticas e são vistos como mais aptos a liderar mudanças. “Isso ocorre porque a reputação reduz risco: quanto mais confiável o líder, menor a resistência das equipes”.
Segundo a especialista, o ponto de partida é uma reflexão franca: “A frase que fariam sobre você hoje aumenta ou diminui o valor do seu trabalho?” Na prática, Fernanda defende que a reputação se fortalece com constância de comportamento, clareza de comunicação e responsabilidade sobre entregas.
Conhecimento e coerência: profundidade somada à integridade
Para a psicóloga, conhecimento sem profundidade não sustenta crescimento. “Ninguém investe alto em alguém raso. A profundidade técnica precisa caminhar com coerência entre discurso e vida”, afirma. Ela explica que, no mundo corporativo, o profissional precisa demonstrar repertório, domínio de contexto e capacidade de conectar informações de maneira estratégica.
Estudos da Association for Talent Development (ATD) mostram que empresas que incentivam o desenvolvimento contínuo têm 218% mais receita por funcionário do que organizações que não investem em qualificação. Para tocar projetos mais complexos e assumir posições estratégicas, ela diz que o profissional precisa de preparo real, não apenas de certificações acumuladas.
E reforça ainda que conhecimento sem coerência não gera autoridade. “As pessoas confiam quando o que você fala coincide com o que você faz. Coerência é o que transforma preparo técnico em credibilidade.” Para Fernanda, a pergunta que orienta esse processo é objetiva. “Seu nível de preparo honra o valor que você quer cobrar ou o cargo que deseja assumir?”
Resultado e comunidade: evidências e relações que mantêm movimento
Segundo a psicóloga, resultado é a prova concreta de que o profissional é capaz de gerar impacto. Ou seja, funciona como evidência objetiva em um mercado cada vez mais orientado por indicadores. “É o que sustenta autoridade sem esforço. Ele valida sua narrativa e cria confiança institucional”, afirma. Levantamentos da McKinsey mostram que empresas que mensuram e recompensam entrega clara têm três vezes mais chance de reter talentos de alta performance, profissionais que buscam ambientes que reconhecem evidências, não preferências pessoais.
Um outro elemento é a comunidade, conjunto de pessoas que caminha com o profissional e reforça sua credibilidade ao longo do tempo. “Comunidade não é público, é ecossistema. É quem renova vínculos, indica, recomenda e abre portas”, explica Fernanda, que, inclusive, recomenda redes de apoio sólidas para ampliar a visibilidade interna e aumentar a possibilidade de acessar mentorias, projetos transversais e promoções.
A pergunta sugerida pela especialista sintetiza esse ponto. “Que tipo de pessoas a sua marca está atraindo e retendo hoje?” Para ela, a comunidade funciona como acelerador da trajetória e redistribui oportunidades de forma contínua.
Equity pessoal: uma soma que protege e acelera a carreira
A psicóloga resume a equação que sustenta a expansão profissional: equity pessoal é formado por reputação, competência, constância e comunidade. Além disso, ressalta que os profissionais que fortalecem esses elementos constroem carreiras mais estáveis, resistentes e previsíveis, mesmo em ambientes de grande transformação. “Expansão não é resultado de impulsos ou momentos de alta inspiração. É de constância, preparo e presença”, descreve, sem deixar de lembrar que a “carreira evolui quando o profissional torna seus comportamentos tão sólidos quanto seus resultados.”
O foco de quem deseja crescer, segundo Fernanda, deve estar menos nas metas de curto prazo e mais na identidade que escolhe construir. “O que sustenta a ascensão não é o projeto que você entrega hoje, mas quem você se torna enquanto entrega.”
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