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Por que tantos profissionais se perdem na transição de carreira?

Mudar de área ou função vai além do currículo, oportunidade ou técnica. É também uma decisão de preservar a saúde mental, emocional, social e financeira.

Por Izabel Duva Rapoport
3 dez 2025, 15h42
Uma miniatura de um homem ao centro de rotas de decisões
 (Freepik/Reprodução)
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A sensação de estar perdido na carreira profissional geralmente aparece na vida da pessoa quando há um descompasso entre o que ela faz no trabalho e o que acredita. “E quanto mais tempo tentamos caber em lugares que já não nos representam, mais difícil é reconhecer quem somos fora deles”, comenta a consultora Luciana Lancerotti, especialista em marketing com práticas sustentáveis para o mundo corporativo.

Ex-CMO da Microsoft, a executiva viveu esse sentimento na pele, após acumular 32 anos de experiência em grandes organizações.  “Eu amava o que fazia, o time que liderava, as agências com quem atuava e a própria empresa. A Microsoft foi minha casa por duas décadas, e os últimos cinco anos como CMO foram intensos e desafiadores, inclusive com uma pandemia”, lembra ela.

No entanto, em algum momento, Luciana começou a sentir um incômodo sutil: não no trabalho em si, mas na forma como o realizava. “O impacto que eu gerava com as campanhas, com centenas de eventos e estratégias, começou a me provocar perguntas mais profundas, sobre propósito, coerência, consistência e impacto humano”. Foi nesse ponto que ela entendeu que uma possível mudança em sua trajetória não precisava ser necessariamente um rompimento com o marketing, mas uma reconexão consigo mesma.

O erro de fazer esse caminho sozinho

Para a consultora, o maior erro que alguém pode cometer em um momento incerto como esse é tentar caminhar sozinho. “Eu mesma, durante o meu processo de revisitar o que eu realmente queria – se era uma transição de carreira, uma mudança de função ou simplesmente uma nova forma de exercer o mesmo papel – busquei ajuda de profissionais. Esse foi um ponto de virada importante pra mim”, ressalta. “Acredito profundamente que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de consciência”.

Para falar sobre isso, ela compartilha ainda uma frase que a marcou muito na escolha de uma nova direção: “Em toda transição, é fundamental lembrar que o impacto financeiro e o emocional são os pilares de sustentação”. Luciana diz que essas palavras foram relevantes em sua mudança – e são até hoje, porque, no fim, não existe transformação sustentável se ela te desestabiliza por completo. “Foi assim que entendi que mudar não é sobre romper: é sobre reconstruir com base sólida, no tempo certo e com os apoios certos”.

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Autoconhecimento: o GPS da transição

Sem autoconhecimento em decisões como essas, qualquer oportunidade de trabalho pode parecer boa, segundo a especialista, porém, dificilmente alguma resolverá a sensação de estar perdido. “E eu acrescentaria: o autoconhecimento não serve apenas para entender o que nos move, mas também para reconhecer em que momento da vida estamos, porque não dá pra falar em mudança sem considerar o contexto”, diz, considerando se, financeiramente, essa escolha pode ser uma alternativa; se a família está estável; e se há filhos, responsabilidades ou situações delicadas acontecendo. “Tudo isso precisa ser levado em conta, porque a transição não acontece num vácuo, ela acontece na vida real”.

Por isso, Luciana recomenda buscar apoio de profissionais que ajudam a enxergar o todo. “O autoconhecimento, pra mim, é essa bússola que te orienta não apenas sobre o que você quer fazer, mas o que você quer transformar no mundo, sem se perder de quem você é e do que realmente importa”.

Como evitar frustrações e retrocessos

Entre as orientações da executiva para uma escolha consciente, a mais valiosa, segundo ela, é que a pessoa compreenda que a transição não é sobre recomeçar do zero, mas com bagagem. “Tudo o que você viveu até aqui te trouxe até esse ponto, nada se perde. Vá ao seu tempo, não no tempo do mercado”, aconselha. “E lembre-se: não existe carreira sustentável se o caminho te adoece”.

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Os momentos de questionamento, frustração e dúvida vão aparecer, como em toda mudança importante. “Mas quando fazemos algo que nos conecta com um propósito, com o desejo genuíno de gerar impacto, tudo muda”, alerta a consultora, que costuma dizer que propósito vem de ‘pro próximo’. “É esse movimento de contribuir, de transformar o entorno, que devolve pra nós um sentimento profundo de satisfação e sentido”, explica, indicando que a transição seja analisada e feita apenas por si próprio e pelo mundo ao redor. “Nada será 100%, mas acredite, se prepare e vá. Porque o caminho da coerência é sempre o mais sustentável”, conclui.

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