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Diana Gabanyi

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CEO da The School of Life
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Por que a integração deveria ser o tema do encontro e do ano de 2023

A integração é um caminho para expandir a nossa força como grupo, confiando que as habilidades do outro compensarão nossos inevitáveis pontos fracos

Por Diana Gabanyi, colunista de VOCÊ RH
8 dez 2022, 13h01
Mu;heres celebram ao redor de uma mesa com petiscos e bebidas
 (Kelsey Chance/Unsplash/Divulgação)
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É

possível que você já tenha marcado na agenda o compromisso “festa da firma”. Falo daquele almoço de confraternização de final de ano com toda equipe em um restaurante especial. Mas pode ser também um off site em um resort ou um happy hour ou qualquer outro evento que marque o encerramento de 2022. É quando existe uma oportunidade valiosa de promover a integração entre membros de uma organização, tendo em vista que no dia a dia uma empresa opera com aqueles que se portam realmente como um time e outros que se veem apenas como um grupo de pessoas que trabalham no mesmo local.

Sei o quanto o início de dezembro é um desafio para os RHs que buscam promover um evento de conclusão de ano que seja significativo para a equipe. Digo isso pela minha rotina como líder e pelas demandas que chegam à área de experiências corporativas da The School of Life nesse período. É nesses dois últimos meses do ano que cresce a procura por cafés da manhã de conversas ou workshops temáticos e customizados de acordo com o universo do negócios.

Depois de tudo o que passamos nos últimos tempos, vejo muito valor na promoção de experiências corporativas de final de ano que tenham como foco a integração. É criar momentos para as pessoas se conhecerem melhor, entenderem o poder da colaboração, se inspirarem no outro e saírem do encontro com a sensação de pertencimento. Em experiências como essas, já presenciei colegas de trabalho descobrindo afinidades com o par com o qual trabalha remotamente, uma profissional combinando de ir a uma exposição de arte com a colega do andar de baixo, o líder sentar para tomar um café com o assistente júnior, conversas engatando e equipes descobrindo que sua potência está na junção de habilidades do grupo. Enfim, os benefícios são inúmeros e duradouros.

No entanto, especialmente em 2022, depois de dois anos de reclusão promovemos esses encontros de integração em todos os meses do calendário. Eram empresas com equipes que nunca haviam se encontrado pessoalmente, companhias que optaram pelo home office em 100% do tempo e precisavam reunir as pessoas e times com novos integrantes, entre outras inúmeras necessidades de estarem juntos. Foi tão prazeroso ver esses momentos “mágicos” acontecendo que comecei a pensar do por que só fazer esses encontros no fim do ano? Eles são tão benéficos que deveríamos fazer algumas vezes ao longo dos meses, especialmente agora que raras são as empresas em que as equipes estão todos os dias no escritório.

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Essa integração não precisa, porém, ser algo tão elaborado todas as vezes. Pode ser, por exemplo, um almoço fora do lugar comum, uma ida a um espaço diferente, momentos que inspirem todos a estarem mais abertos para uma troca mais profunda, além do novo sistema adotado pela companhia ou possíveis desafios com clientes e fornecedores.

Outro dia, ouvi de uma pessoa da minha equipe: “É muito curioso que eu só fiz amigos verdadeiros com as pessoas que trabalharam presencialmente aqui. Com aqueles que trabalharam apenas remoto, eu não construí laços”. Não espero que, apenas por estarem juntas, as pessoas se tornem melhores amigas. Mas não dá para negar que é muito mais fácil se conectar realmente com o outro quando estamos próximos presencialmente no dia a dia ou, pelo menor, em momentos que sejam diferentes daqueles que conhecemos na rotina.

Encontros de integração são importantes há quase 100 anos

Integração sempre foi um desejo e uma necessidade da humanidade. Mas a história dos encontros de integração começou em 1924, nos Estados Unidos, quando trabalhadores da Western Electric foram enviados para fazer um estudo, modificar a iluminação da fábrica e testar se haveria mudança na eficácia da equipe.

Ao longo de três anos, o grupo foi transferido para diferentes salas, com diferentes qualidades de luz, e até para uma sala sem janelas, bem mais escura. No começo, acreditava-se que a melhora da eficácia era por causa da luz, mas quando a sala sem janelas produziu bons resultados, houve uma confusão.

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Depois de se aprofundarem nos estudos, descobriram que o aumento na produtividade não era resultado de algo que estava sendo mudando na luz e sim a própria dinâmica do estudo. Com os trabalhadores fora do ambiente comum, divididos em grupos, houve um aumento de motivação, camaradagem, responsabilidade uns com os outros e alegria de estarem juntos.

A integração nos permite descobrir o que o outro pensa e sente. É um caminho para exercitar a empatia, aceitando e celebrando as diferenças. É, ainda, um caminho para expandir a nossa força como grupo, confiando que as habilidades do outro compensarão nossos inevitáveis pontos fracos. É possível que conhecer uma pessoa ou outra de perto nem sempre seja divertido ou pacífico. Mas vale a tentativa de buscar ou promover momentos mais significativos entre os membros de um mesmo time. Os benefícios são seguramente maiores do que os dissabores. Você deveria tentar.

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