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40 mil e-mails dizendo obrigado a um executivo

Como a confirmação do compromisso com a diversidade e inclusão, do CEO dos hotéis Marriott, gerou uma onda espontânea de agradecimento.

Por Marco Marcelino
12 Maio 2025, 16h52
Ilustração vibrante e colorido de uma grande multidão de pessoas diversas.
 (JDawnInk/Getty Images)
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Há dias em que um silêncio vale ouro. Em outros, custa a alma.

O CEO da Marriott, Anthony Capuano, decidiu subir ao palco e dizer o que ninguém queria arriscar. Não foi um discurso inflamado, não teve jargões de ativismo ou defesas técnicas recheadas de números. Apenas disse que os ventos podiam soprar de onde quisessem, mas que ali, naquele grupo de hotéis que recebe hóspedes há 98 anos, todos seriam bem-vindos. Simples assim. E essa simplicidade, que tanta gente hoje despreza por confundir com fraqueza, fez algo que poucos relatórios de impacto conseguem: gerou 40 mil e-mails em 24 horas. Quarenta mil pessoas disseram “obrigado”. Não a um bônus nem a um novo cargo, mas à coragem de um executivo manter uma convicção quando o universo corporativo inteiro ensaia o passo da covardia.

O mundo anda com medo. O medo do processo, da manchete, do investidor conservador. Mas existe um medo ainda mais paralisante: o de parecer ter opinião. 

DEI (diversidade, equidade e inclusão) virou uma sigla desconfortável. Polêmica para uns, bandeira para outros. E, para muitos, apenas um campo minado que é melhor contornar do que atravessar.

Mas Capuano atravessou.

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Não porque queria fazer história. Mas porque entendeu que cultura não é um item de menu que se troca conforme a estação política. 

Reafirme o compromisso da empresa com sua cultura

Cultura, quando é verdadeira, se enraíza. E, como toda raiz, não aparece na superfície, mas sustenta tudo que está acima dela.

Num tempo em que os líderes se tornam virais por deslizes ou silêncio, é bonito ver alguém ser lembrado por falar o óbvio com firmeza. Mais bonito ainda é ver que, do outro lado da decisão, há seres humanos que respondem com afeto, com identificação, com um “obrigado” vindo da alma. 

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E talvez seja isso que nos falte: não mais políticas, mais números, mais manuais de compliance. Talvez nos falte só isto: mais líderes capazes de sustentar o que acreditam, e mais empresas onde um simples “obrigado” ainda tenha valor.

*Marco Marcelino é CEO da Serinews Intelligence Service. Especialista em inteligência de dados voltada a estratégias de marketing e metodologias multiplataformas em comunicação. 

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