6 dicas para usar a Inteligência Artificial com eficiência e mais cuidado
67% das empresas no país consideram a IA uma prioridade estratégica e, em 17%, a inovação tecnológica já é o principal foco de investimento.

Segundo dados apresentados no Fórum Econômico Mundial, a Inteligência Artificial pode eliminar 85 milhões de empregos, gerando um grande impacto no mercado de trabalho ainda neste ano. Por outro lado, ela também pode criar 97 milhões de vagas, aumentando a demanda por profissionais que saibam utilizar a tecnologia de forma estratégica e eficiente.
No Brasil, o uso da IA no escritório, no estudo ou até em atividades pessoais, já é corriqueiro: 62% dos brasileiros se dizem familiarizados com ela e 18% a utilizam com frequência, de acordo com uma pesquisa da Bain & Company. Além disso, o relatório também aponta que a IA é prioridade estratégica em 67% das companhias e é o principal foco de investimento para 17% delas.
Para auxiliar nesta utilização, que exige responsabilidade, o professor de ciência da computação do Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi, Marcos Figueiredo de Andrade, lista seis boas práticas:
1- Escreva prompts claros e bem estruturados
O sucesso das respostas geradas por uma IA depende diretamente do prompt – ou seja, da qualidade da instrução. Um ponto de partida confuso ou mal elaborado pode resultar em respostas falsas, inconsistentes ou até nas chamadas “alucinações” da IA. Certifique-se de estruturar perguntas claras e contextualizadas.
2- Considere a data de corte de treinamento da tecnologia
Modelos de IA têm limitações temporais com base no momento em que foram treinados. Por exemplo, enquanto o ChatGPT 4.1 possui informações até junho de 2024, outros sistemas como o Gemini 2.5 se limitam ao início de 2023. É essencial verificar se a ferramenta utilizada é adequada ao contexto temporal da informação que você precisa.
3- Entenda que a IA não raciocina como humanos
Apesar de gerar respostas sofisticadas, as ferramentas de IA não possuem raciocínio ou lógica estruturada. Elas operam com base em padrões linguísticos estatísticos, o que pode gerar falhas em tarefas que exigem atenção racional, como cálculos ou análises complexas. Avalie criticamente as respostas fornecidas, sempre.
4- Esteja atento aos preconceitos e distorções nos dados
Como os modelos de IA são treinados com informações massivas da internet, eles podem refletir vieses sociais, culturais e históricos. É fundamental questionar e validar respostas para evitar a reprodução de preconceitos, estereótipos e fake news.
5- Evite prompts maliciosos ou enviesados
A IA é suscetível a comandos intencionalmente construídos para gerar respostas incorretas ou tendenciosas. Use ferramentas confiáveis e com mecanismos robustos de segurança e verificação para garantir a integridade dos resultados.
6- Considere limitações linguísticas
Muitos modelos de IA têm maior precisão em responder em inglês, devido ao volume predominante de dados nesse idioma durante o treinamento. Caso as respostas em português sejam insatisfatórias, experimente reformular o comando em inglês para obter resultados mais completos e precisos.