O presente e o futuro da IA generativa no RH

Com o interesse crescente em relação à inteligência artificial generativa, os líderes de RH ganharam duas missões: em primeiro lugar, compreender como a GenAI afetará as atividades de recursos humanos e, em segundo, ajudar a organização a entender como ela impactará a força de trabalho. Só que isso não está acontecendo no ritmo necessário.

No ano passado, 52% dos RHs vinham explorando potenciais casos de uso e oportunidades. Esse número caiu 18 pontos percentuais, para 34%, no começo de 2024.

Mas a quantidade de empresas se organizando para essa implantação mostra que o cenário tem tudo para melhorar. Uma pesquisa da Gartner* questionou líderes de RH, em dois momentos (junho de 2023 e janeiro de 2024), sobre até que ponto as empresas estavam se preparando para a inteligência artificial generativa. No ano passado, 19% dos entrevistados estavam conduzindo pilotos, já planejando a implementação – ou já haviam implementado a tecnologia. No começo deste ano, essa porcentagem dobrou: 38%.

Progresso na implementação da IA generativa

Os líderes de RH têm se dedicado mais à tecnologia, mas o número total de envolvimento ainda é pequeno.

Potenciais desafios com a implementação da GenIA

Entrevistados apontaram o que terão de dificuldades para trabalhar com a inteligência artificial generativa:

• Precisão, confiabilidade e transparência: 46%
• Capacidade de mitigar riscos ligados à nova tecnologia: 45%
• Estabelecimento de melhores práticas e diretrizes internas para o uso da IA: 42%

7 usos que vão bombar

Para os ouvidos na entrevista (confira as porcentagens), essas serão as utilizações prioritárias da GenIA:

Como melhorar o cenário

Veja as recomendações da Gartner* para uma implementação de inteligência artificial generativa com qualidade e produtividade.

1. Para superar possíveis desafios de implantação da GenAI, como precisão, confiabilidade e transparência, é importante trabalhar muito próximo aos setores jurídico, de compliance e de TI.
2. Construa uma estratégia de IA de modo a permitir uma abordagem coordenada dentro do RH, avaliando o valor de funções que realmente se beneficiem da inteligência artificial.
3. Analise quais casos de uso de RH ainda não existem, mas devem fortalecer a empresa com a ajuda da IA.
4. Lembre-se: implantar inteligência artificial nunca deve ter como objetivo reduzir o número de funcionários da área de recursos humanos. Em vez disso, o RH deve preparar sua equipe para extrair o melhor que a IA pode proporcionar.

*Todas as informações desta matéria são propriedade da Gartner, empresa de benchmarking global de capital humano.

Este texto faz parte da edição 93 (agosto/setembro) da Você RH. Clique aqui para conferir outros conteúdos da revista impressa.