Felicidade corporativa fortalece a gestão e pode elevar em até 30% a produtividade
Liderança participativa, reconhecimento frequente e transparência estão entre as práticas que revigoram os estados emocionais do time.

Pesquisas de Harvard e da London School of Economics apontam que emoções positivas elevam dopamina e serotonina, o que estimula a criatividade, foco e disposição. E isso reflete não apenas nas atividades pessoais, mas também nas corporativas. De acordo com executivos do SERAC, especializado em contabilidade, educação e gestão corporativa, os colaboradores satisfeitos são mais produtivos, especialmente por três fatores: motivação, menor estresse e engajamento.
Os dados confirmam: segundo a Gallup, equipes engajadas lucram até 21% mais, e a Harvard Business Review revela que vendedores felizes podem atingir 37% melhores resultados. Para Jhonny Martins, vice-presidente do SERAC, o desafio das organizações é alinhar felicidade a resultados financeiros. “A pauta vai além do discurso motivacional. Não basta oferecer benefícios isolados, mas adotar práticas consistentes de liderança participativa, transparência e reconhecimento”.
“Empresas que cuidam de seus times colhem resultados concretos: mais produtividade, melhor clima organizacional e, consequentemente, maior confiança de clientes e investidores”, descreve a também vice-presidente do SERAC, Carla Martins. “A felicidade corporativa não é só uma escolha humanizada, é uma decisão estratégica de negócios”.
Menos estresse e rotatividade
O movimento de integrar saúde emocional às metas corporativas ganha força diante dos desafios econômicos. No Brasil, de acordo com o IBGE, a rotatividade supera 35% ao ano em vários setores. Segundo os especialistas, reduzir o turnover preserva o conhecimento da cultura organizacional, diminui custos no processo de contratação e aumenta a produtividade do time. “Além disso, colaboradores reconhecidos e integrados apresentam menos estresse e burnout, o que impacta nas faltas e nos desligamentos”.
Na visão dos executivos, três práticas principais fortalecem a felicidade corporativa: a liderança participativa, em que gestores ouvem e envolvem seus times para ampliar o senso de pertencimento; o reconhecimento frequente e verdadeiro de conquistas, mesmo as pequenas, para elevar o engajamento e a confiança dos envolvidos; “e, por fim, transparência e propósito claro sobre os objetivos e os valores da companhia, para evitar conflitos internos e aumentar o alinhamento entre todos”.