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5 insights para quem trabalha para empresa europeia sem sair do Brasil

Somos o quinto país que mais exporta talentos, mesmo mantendo o home office aqui. Confira o que muda na cultura e na remuneração.

Por Izabel Duva Rapoport
Atualizado em 22 jul 2025, 15h49 - Publicado em 22 jul 2025, 15h48
Uma tela de notebook exibindo uma vídeo conferência em grupo.
 (10'000 Hours/Getty Images)
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Com a crescente digitalização do trabalho e a expansão do modelo remoto, muitos profissionais brasileiros têm buscado oportunidades em empresas europeias. E o melhor: sem precisar sair do país. E o Brasil está entre os campeões desse movimento. É a quinta nação com o maior número de trabalhadores contratados por empresas de fora, segundo o Relatório Global de Contratações Internacionais 2024, feito pela Deel. Essa posição de destaque decorre de um aumento de 53% no número de talentos brasileiros contratados para atuar remotamente em organizações estrangeiras.

Apesar das diversas motivações por trás desse fenômeno, é preciso estar atento ao que ele traz consigo. Segundo Eduardo Garay, CEO da TechFX, plataforma de câmbio para profissionais que prestam serviços ao exterior, essa tendência, de fato, amplia os horizontes profissionais, mas também expõe os trabalhadores a diferenças marcantes entre as culturas de trabalho do Brasil e da Europa. “Ao decidir trabalhar para o exterior, o profissional precisa, invariavelmente, estar atento a uma série de mudanças relacionadas à mentalidade corporativa. São diversas as distinções na forma de encarar o trabalho, o que impacta diretamente o dia a dia”, alerta.

Diante desse cenário, o especialista listou cinco das principais diferenças culturais que os brasileiros encontram ao trabalhar para empresas europeias. Confira:

1 – Remuneração em moedas fortes

Uma das diferenças mais marcantes está na remuneração em moedas fortes, como dólar e euro, que, além de oferecerem maior estabilidade cambial em relação ao real, costumam proporcionar ganhos significativamente mais altos. Segundo o Brazilian Global Salary, estudo realizado pela própria TechFX, profissionais brasileiros que atuam para empresas internacionais chegam a receber, em média, até 160% a mais do que colegas em cargos semelhantes no mercado nacional.

O levantamento traça um panorama estratégico sobre a inserção dos talentos brasileiros no mercado global de tecnologia, analisando não apenas os salários, mas também as especializações mais promissoras, os níveis de experiência e o potencial competitivo desses profissionais em um cenário cada vez mais internacionalizado. “A valorização cambial é, obviamente, um fator atrativo. A maior prova disso é a disparidade com a moeda brasileira, com dólar e euro ultrapassando recentemente a marca dos R$ 6,00”, destaca Eduardo.

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2 – Foco em resultados, não em horas trabalhadas

Enquanto, no Brasil, a produtividade costuma ser medida pelo tempo dedicado ao trabalho, na Europa o foco está mais nos resultados entregues. Empresas europeias valorizam eficiência e qualidade independentemente do número de horas. “Essa abordagem permite maior autonomia e incentiva a inovação, pois o profissional é avaliado pelo impacto de suas ações”, explica o executivo.

3 – Separação entre vida profissional e pessoal

Na Europa, há uma divisão muito mais clara entre vida profissional e pessoal. É raro que empregadores entrem em contato com funcionários fora do horário de expediente ou durante folgas. Além disso, as políticas de férias são mais flexíveis, permitindo distribuir os dias de descanso ao longo do ano. “Esse respeito ao tempo pessoal do colaborador contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo”, diz.

4 – Jornadas mais curtas e maior flexibilidade

Enquanto a jornada de trabalho no Brasil é, em média, de 44 horas semanais, muitos países europeus operam com cargas entre 35 e 40 horas. Alemanha, Escócia, Suíça, Espanha e Portugal são exemplos. Algumas nações, inclusive, têm testado semanas de trabalho de quatro dias. “Essa flexibilidade não compromete a produtividade; pelo contrário, tende a aumentá-la ao proporcionar maior bem-estar aos funcionários”, reforça o CEO da TechFX.

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5 – Comunicação mais direta no ambiente profissional

No Brasil, o ambiente de trabalho costuma ser mais informal, com espaço para interações sociais frequentes. Já na Europa, a comunicação tende a ser mais direta e profissional, com menos espaço para conversas paralelas durante o expediente. “Adaptar-se a essa diferença cultural é fundamental para uma integração eficaz em equipes internacionais”, afirma Eduardo Garay.

Não dá para generalizar

Apesar de essas diferenças serem observadas, é importante lembrar que elas não são regras absolutas. Existem variações significativas entre os próprios países europeus e até mesmo dentro do Brasil, dependendo do setor e do perfil da empresa. “Profissionais interessados em atuar para empresas estrangeiras devem considerar essas diferenças culturais e estruturais ao planejar sua carreira, mas não podem estar presos a elas.”

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