Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

64% dos trabalhadores não recebem benefício de saúde mental no Brasil

Pesquisa do Zenklub divulgada com exclusividade por VOCÊ RH ainda revela que a maior parte dos brasileiros está ansiosa, sobrecarregada e exausta

Por Elisa Tozzi
Atualizado em 23 out 2024, 13h28 - Publicado em 9 set 2021, 08h00
Imagem mostra uma mulher loira com as mãos na cabeça. Ela está sentada em uma mesa com notebook, celular e cadernos
 (Energepiccom / Pexels/Divulgação)
Continua após publicidade

Embora as discussões sobre saúde mental tenham aumentado nas empresas no último ano, impulsionadas fortemente pela pandemia de covid-19, ainda é preciso fazer muito para cuidar do bem-estar psicológico dos funcionários. É isso o que revela uma pesquisa feita pelo Zenklub, plataforma de saúde mental, em parceria com o DataFolha que ouviu 1.197 trabalhadores de todo o Brasil. Segundo o levantamento, 64% dos brasileiros não recebem nenhum tipo de benefício de saúde mental de suas empregadoras – mas 86% acreditam que essa prática ajudaria os funcionários a lidar com os impactos da pandemia.

Para o médico Rui Brandão, cofundador e CEO do Zenklub, a tendência é que a preocupação das companhias com a saúde mental se torne uma questão que vai influenciar os trabalhadores na escolha por uma vaga ou na permanência no emprego. “É urgente que líderes, gestores e profissionais de recursos humanos entendam a necessidade e criem ações. Quando acolhemos as pessoas em toda a sua complexidade, todos ganham”, diz Rui.

Uma das explicações para a maioria dos brasileiros ainda não receberem benefícios de saúde mental tem a ver com o fato de que esta ainda é uma discussão recente no mercado. “O tema não era abordado nas empresas até pouco tempo atrás. Havia um tabu: o ‘bom colaborador’ era aquele com mais habilidades técnicas e que não deixava as emoções aparecerem no ambiente profissional, ou seja, o que mais se parecia com uma máquina. Porém, as companhias começaram a notar casos de ansiedade, depressão e burnout no ambiente corporativo, entre outros problemas da mesma natureza”, explica Rui.

Epidemia de doenças mentais

A pesquisa do Zenklub traz índices preocupantes sobre o bem-estar emocional dos brasileiros: 66% dos entrevistados estão ansiosos, 61% se sentiram sobrecarregados nos últimos 12 meses de pandemia, 61% também estão exaustos ou muito cansados e 54% enfrentam insônia ou problemas para dormir. Esses dados indicam que muita gente está chegando – ou já chegou – ao limite.

“É muito sério quando a pessoa atinge o estágio de esgotamento mental. Suas tentativas de resolução já não deram certo, pois os sintomas físicos e psicológicos já estão interferindo em todas as áreas da vida. Por mais que exista cobrança de desempenho, a produtividade no trabalho começa a cair”, explica Daniele Nazari, psicóloga do Zenklub.

Continua após a publicidade

Os sintomas são variados (veja quadro abaixo), mas normalmente seguem um padrão. “Na vida pessoal, a pessoa deixa de cuidar de si mesma, não se preocupa com a aparência e, às vezes, nem com a higiene pessoal, devido ao esgotamento que já sente. Nos relacionamentos afetivos, familiares e amorosos acontece pouca interação e a pessoa pode até expressar uma linguagem mais agressiva, por não ter mais paciência”, diz Daniele.

Além disso, o problema é que quem está enfrentando uma doença mental nem sempre percebe que está nessa situação – por isso é tão importante que colegas e líderes treinem o olhar para ajudar aqueles que ficarem doentes. “Geralmente, quem percebe os sinais de esgotamento são as pessoas ao redor, por notarem que o indivíduo não está com suas características normais. A pessoa, mesmo adoecendo, tenta lutar contra o esgotamento devido à autocobrança e à sobrecarga de atividades que fizeram-na chegar a este estágio”, explica Daniele.

 

Quais são os sintomas do esgotamento mental?

A psicóloga Daniele Nazari, do Zenklub, explica quais são os sinais que podem indicar que uma pessoa está no limite. Confira

Continua após a publicidade

FÍSICOS
– Dor de cabeça constante
– Dores no corpo
– Alergias na pele
– Problemas gastrointestinais
– Falta de ar
– Distúrbios do sono
– Perda de libido
– Falta de energia

PSICOLÓGICOS
– Ansiedade
– Depressão
– Mudanças bruscas de humor
– Insegurança
– Medo de perder o trabalho
– Sensação de não ser bom o bastante
– Lapsos de memória
– Baixa autoestima

 

Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de VOCÊ RH? É só clicar aqui para ser nosso assinante.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.