77% dos profissionais fazem horas extras, revela estudo
Para esse hábito acabar, as empresas precisariam adotar prazos mais realistas, reuniões objetivas e treinamentos sobre gestão do tempo.

Se você costuma trabalhar além do expediente, saiba que não está sozinho: 77% dos profissionais brasileiros também fazem horas extras. É o que mostrou uma pesquisa da Conquer Business School que buscou entender como anda a gestão do tempo nas empresas.
Segundo os entrevistados, existem dois desafios principais: a sobrecarga de trabalho e a consequente dificuldade de cumprir as tarefas dentro do prazo pré-estabelecido. São questões que fazem os profissionais encerrarem o expediente com a sensação de cansaço (relatada por 50%), ansiedade e preocupação (10%) ou estresse (8%).
36% dos entrevistados, porém, afirmam que o hábito de checar o celular e as redes sociais também atrapalham quando o assunto é fazer uma boa gestão do expediente.
83% das pessoas afirmam que estão recorrendo a ferramentas específicas na tentativa de conseguir uma rotina de trabalho mais produtiva. Alguns exemplos são o Notion e o Trello, que ajudam a organizar tarefas e projetos visualmente, e o Chat GPT.
Mas o problema, claro, é estrutural. Os entrevistados concordam que o hábito das horas extras só deixará de existir quando as empresas adotarem soluções em prol de uma rotina mais organizada e produtiva – como prazos realistas e bem-definidos (o desejo de 34% das pessoas), reuniões objetivas (27%) e treinamentos sobre gestão do tempo (25%).
“Nosso estudo revela que alguns vilões da produtividade estão relacionados a problemas das organizações, como falta de instruções, ruídos de comunicação e excesso de demandas”, afirma Juliana Alencar, diretora de marketing da Conquer.
“Nesse sentido, as lideranças têm um papel fundamental — e podem apostar no desenvolvimento de um time mais produtivo por meio de prazos e metas realistas, processos com menos obstáculos e, claro, treinamentos sobre gestão do tempo e auto-organização.”