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As dimensões da integridade

A melhor maneira de evitar condutas imorais é fomentando um comportamento íntegro

Por Por Joan Fontrodona*
Atualizado em 5 dez 2020, 19h14 - Publicado em 24 jun 2016, 13h51

Basta dar uma olhada nos jornais para nos depararmos com condutas eticamente questionáveis no mundo dos negócios. Não há setor que fuja dessa realidade. E a notícia pode ter origem em qualquer país, inclusive naqueles que tomamos por exemplares. 

Porém, seria um erro pensar que a ética é uma questão individual. O ser humano vive e atua em sociedade. Portanto, não podemos deixar de considerar o impacto das nossas decisões nos outros nem a influência dos outros em cada um de nós. O que podemos fazer a respeito disso? A melhor maneira de evitar condutas imorais não é tanto uma questão de marcar os limites do não ético, mas sim fomentar um comportamento íntegro. A integridade se compõe de três dimensões:

Integridade no que pensamos

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Chamamos de oportunista alguém que não se mantém fiel a uns valores e que atua segundo as vantagens de cada ocasião. Tendo, e mantendo, uns princípios e valores morais, asseguramos um entorno de liberdade – tanto do ponto de vista individual, porque evita que percamos de vista o que consideramos importante, quanto do ponto de vista social, porque nos liberam da arbitrariedade de quem ostenta o poder em cada momento. Quando não nos deixamos guiar pela força da razão, acabamos sucumbindo à razão da força.

Integridade no que dizemos

Uma condição necessária à integridade é a veracidade. Dificilmente diremos que alguém é íntegro se não diz as coisas como são ou se expressa coisas diferentes das que pensa. A falta de veracidade prejudica profundamente a confiança, algo que se deve ter muito presente na comunicação interna e externa da empresa. De toda forma, a veracidade não significa que todos devam saber tudo. Há ocasiões em que a integridade obriga a calar, por exemplo, como acontece com o “sigilo profissional”.

Integridade no que fazemos

Uma pessoa íntegra cumpre o que anuncia, sem fissuras entre suas palavras e seus atos. É o oposto do fingimento, que consiste em dizer uma coisa e fazer outra, tanto por uma vontade débil como por uma intenção viciada (prometeu-se algo que não se pensava cumprir). Um aspecto da integridade é a coerência entre o que pensamos e o que fazemos. Há uma contínua retroalimentação entre essas duas ordens, de tal forma que, como disse o filósofo Gabriel Marcel, “se não vive como pensa, acaba pensando como vive”. 

* Professor de ética nos negócios e diretor acadêmico do Center for Business in Society, e Pablo Sanz, assistente de pesquisa no Departamento de Ética nos Negócios, ambos do Iese Business School, da Espanha

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