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Isis Borge

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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group
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“Divertida Mente” no processo seletivo: qual emoção você seria?

Assim como na animação da Pixar lançada este ano, todo sentimento é importante na vida profissional. Veja como gerenciá-los.

Por Isis Borge, colunista da Você RH
5 ago 2024, 17h58
Personagens do filme "Divertidamente 2".
 (Disney / Pixar/Divulgação)
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Durante um processo seletivo, o gestor de RH perguntou a um candidato sobre os últimos filmes que ele tinha visto. Divertida Mente 2 (2024) era um deles, então o recrutador aproveitou para perguntar: “pensando nas emoções do filme, como você é na maioria do tempo? E no cotidiano de trabalho?”

Vale esclarecer, para quem não assistiu à animação da Pixar, que ela retrata nove emoções: alegria, tristeza, raiva, medo, nojo, ansiedade, tédio, vergonha e inveja. Cada sentimento é um personagem colorido e humanóide em uma sala de comando: a mente de Riley, uma garota de 13 anos. Eles se revezam e influenciam as ações de Riley, que ora é mais alegre, ora mais ansiosa.

O processo seletivo, por sua vez, existia para preencher uma posição de liderança. O objetivo do recrutador era encontrar uma pessoa disposta a assumir um papel de protagonista e tratar situações internas que não estavam alinhadas com as diretrizes do negócio. Havia três candidatos. Um se incomodou, porém, com o questionamento sobre as emoções de Divertida Mente, não respondeu e não seguiu no processo seletivo.

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Na minha perspectiva, o entrevistador apenas mudou a forma de perguntar sobre os pontos fortes e fracos dos candidatos. Compreender, inclusive, que tais questionamentos podem aparecer de maneira inusitada ajuda o candidato a manter a calma na hora de respondê-los.

Porém, os recrutadores precisam ter cautela ao inserir temas do momento, como o filme da Pixar, nos processos seletivos. As entrevistas são momentos tensos, delicados e estratégicos. Quanto mais desconfortável o candidato, mais dificuldade ele tem para demonstrar seu perfil, seu histórico e seu potencial.

Divertida Mente no mundo corporativo

Com qual emoção você mais se identifica? Confira abaixo:

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  • Alegria. O entusiasmo tende a aumentar o engajamento, a motivação, a produtividade e a capacidade de inovação, além de fortalecer os relacionamentos interpessoais. Mas é importante reconhecer que a busca incessante pela alegria pode levar à negação de outras emoções, legítimas e necessárias para o equilíbrio emocional.
  • Tristeza. Embora seja desconfortável, a tristeza desempenha um papel importante em nossa vida emocional: ela provoca reflexão e crescimento; nos obriga a desacelerar, reconsiderar nossas metas e exercitar nossa capacidade de adaptação.
  • Raiva. Se não gerenciada adequadamente, essa emoção causa conflitos e prejudica o clima organizacional. Mas ela também pode provocar mudanças positivas quando canalizada de forma construtiva: expressar descontentamento com injustiças ou ineficiências, por exemplo, pode levar a melhorias significativas nos processos e nas políticas da empresa. O desafio é aprender a comunicar a raiva sem comprometer os relacionamentos profissionais.
  • Medo. Muitas vezes, ele está ligado à necessidade de segurança e estabilidade no trabalho. Ele pode nos proteger de riscos desnecessários, mas também pode nos paralisar. No ambiente de trabalho, é crucial saber equilibrar o medo com a coragem para assumir novos desafios. Promover um ambiente em que os colaboradores se sintam seguros para expressar suas preocupações e tentar novas abordagens é fundamental para o crescimento pessoal e organizacional.
  • Nojo. No ambiente de trabalho, essa emoção pode se manifestar como uma aversão a práticas antiéticas, ambientes tóxicos e pessoas desafiadoras. O nojo pode levar à alienação e ao julgamento excessivo. Mas, em um nível saudável, essa emoção ajuda a preservar a integridade pessoal e a ética profissional.
  • Ansiedade. Ela pode aparecer por causa de prazos apertados, grandes responsabilidades ou mudanças. Embora uma dose de ansiedade possa impulsionar a performance, níveis elevados e constantes dessa emoção podem reduzir a produtividade e levar ao burnout. Por isso, é essencial investir em pausas regulares e mindfulness, por exemplo.
  • Tédio. Essa emoção pode indicar falta de desafios e estímulos no trabalho. Ela pode diminuir o engajamento e a produtividade, além de aumentar a rotatividade de funcionários no escritório. No entanto, o tédio também pode levar ao ócio criativo. Para isso, é importante encontrar maneiras de tornar o trabalho mais interessante e desafiador. Empresas podem ajudar oferecendo oportunidades de desenvolvimento contínuo e projetos estimulantes, além de criar um ambiente que valorize a criatividade e a inovação.
  • Vergonha. É uma emoção que pode surgir após um fracasso, prejudicando a autoestima, a confiança e o desempenho profissional. Uma cultura organizacional que encoraja os profissionais a correr riscos responsáveis, sem punição para os erros, pode reduzir a presença da vergonha. Fornecer feedbacks construtivos e reconhecer esforços também é uma boa pedida.

A gestão adequada dos sentimentos é crucial para o bem-estar. Profissionais que conseguem fazê-lo tendem a ser mais resilientes, adaptáveis e bem-sucedidos. Eles são capazes de construir relacionamentos sólidos, liderar com empatia e tomar decisões equilibradas.

Por outro lado, empresas que investem em uma cultura aberta ao diálogo, programas de apoio psicológico, treinamentos de inteligência emocional e capacitação das lideranças costumam ter funcionários mais engajados e satisfeitos.

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