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Vívian Rio Stella

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Doutora em Linguística pela Unicamp. Idealizadora, curadora e professora da VRS Academy, pesquisa e desenvolve trabalhos voltados à lifelong learning

Como lidar com pessoas pouco assertivas sem perder a compostura

Responder os colegas na mesma moeda é tentador, mas improdutivo. O segredo para quebrar o ciclo vicioso da má comunicação é ser um modelo, não um reflexo.

Por Vívian Rio Stella, colunista da Você RH
3 ago 2025, 14h00
Fotografia de dois megafones discutindo com balões de fala e símbolos gráficos entre eles.
 (Richard Drury/Getty Images)
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Muito se fala sobre comunicação assertiva – habilidade essencial para as relações humanas, especialmente no trabalho. Mas e quando a outra pessoa não se comunica de forma assertiva? Quando é irônica, ríspida, passiva ou apela para justificativas ou acusações sem se responsabilizar?

Mesmo quem compreende os princípios da assertividade e reconhece seus benefícios costuma tropeçar nesse ponto. Em cursos, é comum encontrar profissionais que dominam os fundamentos, praticam em simulações, escrevem com clareza e se expressam bem quando há consenso. Mas, na vida real, o cenário é outro: o desafio não está em compreender como ser assertivo, mas em como continuar agindo dessa forma, mesmo diante de quem não colabora.

Nesse momento, muitos cedem ao padrão que tentam evitar: ironia disfarçada de humor, silêncios carregados de passividade, respostas ríspidas em tom de desabafo e a tendência de responsabilizar o outro por tudo. No impulso de reagir, entramos num ciclo reativo que perpetua os ruídos. Por que manter o equilíbrio, se a outra pessoa se excede ou se esquiva?

O comportamento não assertivo aparece em muitos formatos: a colega que se justifica sem assumir responsabilidades, a liderança que só dá ordens sem escutar, o profissional que se defende com sarcasmo ou evita qualquer conflito, mesmo que isso comprometa os resultados.

É compreensível querer reagir na mesma moeda. Mas se o outro é ríspido e você também, o que está sendo acrescentado à relação? Se ambos se calam por receio de confronto, como sair do impasse?

Três dicas para lidar com a falta de assertividade

1. Reconheça o impacto, mas não absorva o tom

Quando a pessoa se comunica com agressividade ou ironia, não é necessário responder com dureza. Frases como “Entendo que essa situação causou frustração/descontentamento/impactos. Vamos focar no que podemos resolver agora?” ajuda a redirecionar a conversa sem escalar o conflito.

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2. Convide para a clareza, sem confrontar

Diante de falas vagas ou passivo-agressivas, experimente perguntar de forma gentil: “Você pode me ajudar a entender melhor o que espera de mim nesse ponto?” ou “Você está se referindo àquela situação específica da semana passada?”. A ideia é tirar a conversa do subentendido e abrir espaço para diálogo real, com essa estratégia de checagem.

3. Seja o modelo, não o reflexo

Manter-se assertivo diante de quem não é pode parecer injusto, trabalhoso demais ou até sinal de fraqueza. Mas é exatamente o oposto: trata-se de um ato de coragem e influência. 

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É assim que se muda uma cultura, saindo de um ciclo vicioso de julgar, reclamar, rebater e ressentir para um ciclo virtuoso de perceber, abordar, negociar e resolver (ou, pelo menos, compreender). Em muitos casos, a firmeza respeitosa de uma pessoa ajuda o outro a se regular e se abrir para uma troca mais madura.

Assertividade não é uma fórmula mágica

Não se trata de ser perfeito ou “bonzinho”, mas de estar presente. Quando respondemos no automático, cedemos à reatividade; quando respondemos com intenção e assertividade, exercemos influência.

Como diz Marshall Rosenberg, “por trás de toda forma de comunicação difícil, há uma necessidade que não está sendo atendida.” Reconhecer isso não exige condescendência,  exige maturidade.

Na prática, diante de uma fala não assertiva, pergunte:

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  • Qual sua intenção ao falar dessa forma com essa pessoa?
  • O que espera dessa relação?
  • Como a forma de comunicar impacta não só essa pessoa, mas a equipe, o processo e a solução de problemas?

Responder essas perguntas leva apenas alguns segundos e faz muita diferença para agir com presença e discernimento, inclusive diante de quem ainda segue no modo automático com comportamentos pouco assertivos. 

E vale lembrar: todas as pessoas estão sujeitas a esses comportamentos. Não somos assertivos, estamos. Agimos, escolhemos, aprendemos esse caminho justamente nas conversas difíceis, não apesar delas.

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