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O gestor do futuro e as exigências do mercado para os próximos cinco anos

Para especialistas, o líder de 2030 não será medido pelo cargo que ocupa ou tempo de casa, mas pela capacidade de construir equipes de alta performance.

Por Izabel Duva Rapoport
24 set 2025, 23h58
Ilustração com setas ascendentes nas cores rosa, laranja, azul e branco.
 (SERGII IAREMENKO/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
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O futuro do trabalho já não segue linhas retas: carreiras longas e estáveis dão lugar a trajetórias mais dinâmicas, guiadas por habilidades, experiências e adaptação. Segundo a pesquisa Mind the Soft Gap, feita pela Afferolab, os profissionais tendem a permanecer, em média, até dois anos em uma mesma empresa – um reflexo, de acordo com a sócia e managing director da consultoria, Alessandra Lotufo, de um mercado em transformação, onde soft skills e competências estratégicas se tornam cada vez mais determinantes.

Para Eduardo Freire, estrategista de inovação e CEO da FWK Innovation Design, o trabalho virou um ecossistema, com projetos curtos, times distribuídos, inteligência artificial como copiloto e produtos que mudam rápido. “Isso desloca a lógica ‘carreira em escada’ para ‘carreira em portfólio’, com ziguezague de experiências, missões e requalificações contínuas”, explica.

Quem viveu isso na pele foi Marcos Freitas, CEO e fundador da Seja AP, especializada em evolução empresarial. “Antes, meu sonho era entrar numa companhia, ficar décadas e me aposentar. Só que o mundo mudou. A tecnologia acelerou tudo, a cultura se espalhou, as oportunidades se diversificaram”, reconhece ele, que não vê mais sentido imaginar uma carreira reta, como estrada única. “O profissional precisa estar disposto a mudar de rota, aprender novas habilidades e até mesmo se reinventar várias vezes”. 

Jornada baseada em performance

Neste contexto de hiperconectividade e culturas difusas, o modelo de trabalho alicerçado em habilidades ganha destaque. “Estamos na era da performance crônica, marcada pela pressão constante por entregas e pela valorização do comportamento no centro das relações de trabalho”, afirma Alessandra. Para ela, influência já não é mais atribuída por cargo, mas conquistada por relevância e entrega. “O desafio agora é equilibrar uma capacitação rápida, mas sem deixar de lado a educação formal”.

A especialista também aponta que, segundo o levantamento e a dinâmica do mundo atual, colaboradores de alta performance devem reunir competências estratégicas (57%), de comunicação (53%) e emocionais (51%). “A liderança também se transforma com a ascensão de profissionais que dominam tecnologia e possuem alta capacidade de adaptação, independentemente da senioridade tradicional”, analisa.

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A expectativa, segundo Marcos, é que as empresas se adaptem à tendência de carreiras mais fluidas, criando ambientes abertos ao aprendizado contínuo, entendendo que o colaborador vai buscar experiências diferentes e valorizando quem dá resultado agora, sem olhar apenas para o histórico. 

Competências mais relevantes até 2030

Os líderes que vão prosperar, segundo o CEO da Seja AP, serão aqueles capazes de unir três competências: visão adaptativa, “para saber navegar num mundo tecnológico em constante mudança, sem paralisar diante da novidade”; comunicação de impacto, “para falar a verdade que precisa ser dita, inspirar a equipe e criar conexões humanas mesmo em ambientes digitais”; e mentalidade de dono, “para trabalhar como se fosse o empreendedor do negócio, tomando decisões que geram valor para a empresa, para a equipe e para o cliente”.

Já Alessandra considera essenciais soft skills, como escuta ativa, colaboração e inteligência emocional, e destaca quatro pilares para a alta performance neste novo cenário: bond (confiança relacional e segurança psicológica), fit (alinhamento com propósito), agility (capacidade adaptativa) e delivery (disciplina de execução).

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Eduardo, entre outras aptidões, cita a capacidade de transformar dados de IA em decisão, sabendo quando automatizar, revisar e parar, além da requalificação como rotina. “Líder que modela o estudo destrava a cultura. É preciso aprender, desaprender, reaprender”. E se Marcos pudesse resumir tudo isso em uma única frase, ela seria: “liderança do futuro exige menos autoridade e mais autenticidade”.

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