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Os temas do momento para o RH

A meta das empresas é fechar o ano no azul. E isso compreende movimentações que precisam envolver o RH. Saiba quais são elas.

Por Isis Borge
4 ago 2023, 07h00
Uma mão desenha esquemas e tendências
 (Pixabay/geralt/Divulgação)
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O

primeiro semestre de 2023 foi financeiramente desafiador. Hoje, os conselhos administrativos e consultivos discutem ações para fechar o ano no azul, garantir algum crescimento para o negócio e viabilizar a distribuição de dividendos. Essas questões, discutidas pela alta administração, também exigem atenção por parte das lideranças de RH, que precisam estar preparadas para agir. Principalmente nos temas que vamos ver a seguir.

Para gerar caixa, por exemplo, as opções são aumentar a receita ou otimizar custos. O primeiro caminho nem sempre é possível, e o segundo, muitas vezes, passa pela dispensa de parte dos colaboradores. São demissões que atingem, inclusive, profissionais seniores, detentores dos maiores salários.

Por isso, muitas empresas estão se dedicando a apurar se os profissionais estão nas cadeiras adequadas, quais fatores impactam na qualidade das entregas e se é mais viável capacitar quem está dentro de casa ou substituir por profissionais do mercado. As companhias avaliam, ainda, se as remunerações estão condizentes com os papéis de cada um ou se há espaço para remanejamento das atividades – e, consequentemente, redução no quadro de executivos. Tudo isso passa pelo RH.

Os conselhos também têm se preocupado com a qualidade da produtividade. É o que explica o fato de grandes organizações estarem anunciando o retorno ao modelo presencial de trabalho – uma decisão impopular entre as equipes. E aí entra o RH de novo. A área de recursos humanos é constantemente cobrada para conseguir a retenção daqueles talentos que preferem o home office – e também para atrair novos empregados entre os candidatos que resistem ao presencial.

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Pelo que tenho apurado, o modelo híbrido ainda é a preferência da alta liderança. Mas essa preferência pode mudar. Até porque, em momentos de insegurança, é comum que as empresas voltem para uma gestão de comando e controle. Ter a equipe no escritório dá tranquilidade aos CEOs – apesar de toda a repercussão negativa que acompanha essa decisão.

Uma pesquisa realizada pela Talenses mapeou que 73% dos profissionais entrevistados preferem o regime híbrido, 23%, o home office eterno, e apenas 4% do total está disposto a voltar ao modelo 100% presencial.

E, anote aí: o ESG é outro tema com espaço reservado nas agendas dos conselheiros – assim como o fato de muitas empresas ainda não terem uma diretoria dedicada ao assunto. Em geral, as ações acabam sendo divididas entre diversos profissionais, ficando o RH responsável por orquestrar boa parte dessa demanda.

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Não à toa, os conselheiros estão atentos às necessidades de mudança na cultura e nos processos da organização – para que ela se adeque ao capitalismo consciente. É urgente entender que uma empresa só é sustentável quando há o cuidado de minimizar os impactos negativos de suas ações no planeta, em seus colaboradores e na sociedade.

E finalmente o tema mais quente: muitos dos executivos já se preocupam com o risco de vazamento de dados confidenciais durante o uso do ChatGPT. Há companhias banindo a ferramenta, bloqueando o acesso a ela e até mesmo lançando manuais de boas práticas de seu uso. Faz sentido: elas ainda nem têm informações claras sobre o que realmente é feito com os dados inseridos na plataforma para revisão, produção ou tradução de conteúdos.

Enfim, com o ser humano cada vez mais no centro das iniciativas das organizações, é estratégico que os profissionais de recursos humanos se aproximem das decisões do negócio. Afinal, o RH é a área com maior habilidade para fazer com que esse barco continue a navegar na mesma direção. Ainda mais em períodos de mares revoltos.

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