RHadioCast: a ascensão do modelo skill-based no Brasil
Alessandra Lotufo, diretora da consultoria Afferolab, explica o que a gestão baseada em habilidades muda no cotidiano de profissionais, lideranças e RHs.

Na última terça (19), publicamos mais um episódio do RHadioCast, o programa quinzenal de entrevistas da Você RH sobre as melhores práticas de gestão de pessoas. Desta vez, recebemos no estúdio Alessandra Lotufo, sócia e diretora da Afferolab, consultoria especializada em educação corporativa que demonstrou, a partir de uma pesquisa chamada Mind The Soft Gap, que a gestão baseada em habilidades está em ascensão no Brasil.
O levantamento ouviu 400 líderes do mundo corporativo e mostrou que as empresas estão considerando habilidades, em detrimento de diplomas, na hora de contratar. “O mercado brasileiro está sem dúvida absorvendo o skill-based”, afirma Alessandra. “Inclusive, os números [obtidos no estudo] nos surpreenderam: nós estamos realmente alinhados com as tendências globais quando o assunto é trabalho.”
OK: os empregadores estão olhando cada vez mais para as competências dos profissionais em vez de seus currículos. Mas quais habilidades eles procuram? Segundo o estudo da Afferolab, as mais requisitadas atualmente incluem: raciocínio lógico, pensamento crítico, maturidade emocional e capacidade de colaboração.
Entenda a ascensão deste modelo – e o que isso significa para o RH – no episódio completo:
Alessandra argumentou que a lógica do job description está dando lugar à escalação de profissionais por projetos de acordo com as expertises de cada um. Segundo a especialista, isso traz uma nova complexidade para o mundo do trabalho. “Isso muda como eu avalio e meço competências, por exemplo, e exige que as profissionais deem notícias, dentro da organização, sobre quais projetos deram certo [com sua participação] e quais competências desenvolveram a partir disso”, explica. “O comportamento vai para o centro [da cultura da organização] de uma forma que não tem volta.”
Durante o episódio, Alessandra explica o que muda no cotidiano de empresas que estão adotando esse modelo, como Google e IBM, e no trabalho do setor de recursos humanos. A executiva também relacionou a tendência com a necessidade universal do upskilling defendeu: a ascensão do skill-based não significa que as empresas deixarão de olhar para o ensino formal. Muito pelo contrário.
“Só é possível níveis maiores de complexidade quando eu realmente estudo a fundo determinados temas. Hoje, nós temos um modelo de microcertificações no mercado para atender algumas demandas de maneira ágil, por exemplo, mas não podemos ficar só nisso. Afinal, a inovação só acontece a partir de conhecimento estruturado e profundo.”
Confira o episódio completo no Spotify e no canal do YouTube da Você RH – e clique aqui para conhecer as entrevistas anteriores do programa.