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A humildade de um líder que mudou minha vida

A abertura para ouvir com atenção seus colaboradores, com a empatia que só os gestores humildes conseguem ter, é capaz de transformar carreiras.

Por Alexandre Carvalho
Atualizado em 8 Maio 2024, 10h52 - Publicado em 1 Maio 2024, 14h53
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 (Pep Karsten/Getty Images)
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Comecei a colaborar em publicações da Editora Abril em 2008, escrevendo matérias para a Superinteressante. Era uma satisfação ver meus textos em uma das revistas mais queridas do Brasil, mas esse trabalho era limitado pelo emprego que pagava minhas contas. 

Das 8h30 às 17h30, eu era editor da revista de um centro de pesquisa automotiva, cujos estudos eram voltados para o setor de seguros. Eu gostava da empresa, eu gostava do ambiente de trabalho, mas eu queria voar mais longe no jornalismo. Queria ter mais tempo de modo a escrever para títulos tão legais quanto a Super, não apenas o período noturno e os fins de semana. 

Pedi, então, ao diretor do centro, na época, que me terceirizasse. Eu continuaria editando a revista, mas da minha casa, ganhando a flexibilidade que me faltava para tocar outros projetos de maior visibilidade. E a resposta era sempre que as regras da empresa não permitiam essa transição. Até que permitiram. 

Quando o executivo Almir Fernandes assumiu a direção da empresa, ele teve a humildade de querer ouvir cada funcionário do lugar (era uma organização de médio porte). Interessava-lhe saber das expectativas dos colaboradores, suas aspirações, a atual situação de cada um e até o que viam de errado no dia a dia. Ele conversou de igual para igual com a equipe, ouvindo todos com atenção genuína. 

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Ao chegar a minha vez, repeti o que já tinha manifestado em ocasiões anteriores, sem nunca ter a resposta que eu desejava. Mas com ele foi diferente: “Faz todo o sentido, para a empresa e para a sua carreira. Preciso de três meses para me situar, aí farei a sua terceirização”. 

O que tinha mudado nas tais regras? Nada. O que mudou foi a maneira como o número um da empresa me ouviu. Foi com humildade e atenção plena. Essa postura do novo diretor me deu uma felicidade muito maior em trabalhar para a revista do centro que ele comandava, abriu novos horizontes na minha trajetória profissional e provavelmente é a razão de hoje eu estar assinando este texto como editor-chefe na Você RH. Obrigado, Almir.

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Este texto faz parte da edição 91 (abril/maio) da VOCÊ RH. Clique aqui para conferir os outros conteúdos da revista impressa.

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