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75% das empresas concordam: trabalho híbrido é importante para a retenção de talentos

Entre os colaboradores de alto desempenho, 78% deixariam a empresa caso o regime não fosse flexível o suficiente, segundo pesquisa da Cisco.

Por Izabel Duva Rapoport
31 jul 2025, 13h32
Mulher de negócios com fones de ouvido sorrindo durante videoconferência. Na tela, homens e mulheres articipam de uma reunião online.
 (Morsa Images/Getty Images)
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O balanço do novo estudo feito pela Cisco parece incontestável: o trabalho flexível deixou de ser um benefício e se tornou um diferencial competitivo. De acordo com a pesquisa global “Navegando por Estratégias de Trabalho Híbrido em Ambientes de Trabalho em Evolução”, 75% das empresas no Brasil – e 80% das companhias no mundo – reconhecem que a possibilidade de trabalhar de forma remota é importante para reter os colaboradores e manter o engajamento.

Além disso, 64% das companhias brasileiras – e 69% na média global – indicaram aumento nas taxas de retenção dos profissionais como resultado das políticas de trabalho híbrido. Os dados reforçam que os funcionários esperam trabalhar de qualquer lugar.

Isso vale especialmente aos colaboradores de alto desempenho. Segundo a pesquisa, 78% deles consideram até mesmo deixar a empresa se as políticas de trabalho não forem flexíveis o suficiente (apenas 34% preferiam trabalhar presencial). Mesmo assim, muitos ainda veem vantagens em passar um tempo no escritório: 85% acreditam que isso ajuda no avanço da carreira.

O relatório conclui: as organizações que desejam manter os melhores talentos devem incorporar autonomia e confiança em suas políticas de trabalho e dar a esses profissionais mais produtivos a liberdade de crescer, se conectar e colaborar da maneira que for melhor para eles.

“A flexibilidade não significa que todos estejam trabalhando remotamente o tempo todo, mas que é possível levar em consideração as necessidades de cada indivíduo”, diz Fran Katsoudas, vice-presidente executiva e diretora de pessoas, políticas e propósitos da Cisco. “Um dos grandes destaques do estudo é o fato da flexibilidade fazer com que os melhores profissionais tenham um desempenho melhor.”

Líderes versus colaboradores

Há lacunas significativas na percepção entre empresas e funcionários em relação às condutas de retorno, flexibilidade e tecnologia. No Brasil, enquanto 80% das organizações receberam positivamente as diferentes políticas de regime híbrido, esse percentual atinge 63% entre os colaboradores. Globalmente, esses índices são bem próximos aos nossos: 78% e 64%, respectivamente.

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O levantamento também avalia o dia a dia dos funcionários no ambiente de trabalho, seja ele presencial, híbrido ou remoto. 63% das companhias no Brasil acreditam que sua organização garante uma experiência perfeita para os colaboradores em todos os ambientes. Porém, apenas 53% deles concordam com isso. Pela ordem, esses resultados no global são de 59% e de 46%.

Outras conclusões

A pesquisa completa, realizada com 21 mil empregadores e funcionários de 21 mercados, também chama a atenção para outros aspectos do trabalho híbrido:

  • Produtividade e bem-estar

77% dos profissionais acreditam que as exigências de retorno ao escritório são motivadas pela falta de confiança, e apenas 39% concordam que os dias obrigatórios in loco aumentam a produtividade. Somente 28% dos colaboradores acreditam que o trabalho presencial pode aumentar o bem-estar, enquanto 42% dos empregadores têm essa percepção. 

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Isso não significa que os profissionais não gostem, necessariamente, de ir ao escritório: 92% acreditam que a comunidade e a colaboração são aspectos essenciais da cultura da empresa.

  • Custos e benefícios do presencial

Os impactos financeiros também influenciam as perspectivas de líderes e colaboradores, mas de maneiras diferentes. Entre os empregadores, 57% citaram despesas com imóveis e manutenção predial como estímulos para definição do modelo de trabalho, enquanto 40% dos funcionários reclamam dos custos de deslocamento.

Embora a maioria dos trabalhadores prefiram opções flexíveis de local de trabalho, eles também apreciam conexões presenciais. Para os líderes, isso representa a oportunidade de reunir as equipes pessoalmente para atividades de alto impacto, como mentoria e desenvolvimento profissional, além de promover uma conexão organizacional mais forte.

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  • Diferença geracional na liderança

48% dos empregadores da geração Z acreditam que o trabalho remoto é mais produtivo, enquanto 28% preferem o presencial. Entre os boomers, são 28% e 40% respectivamente.

O relatório indica: as necessidades dos profissionais e suas perspectivas sobre os modelos de trabalho devem mudar conforme as fases da vida de cada um. Políticas mais flexíveis, que reconheçam essas variações e permitam considerações individuais, podem aumentar a fidelidade e a retenção dos colaboradores.

  • Investimento em tecnologia
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90% dos funcionários veem valor em ferramentas de colaboração. No entanto, apenas 32% das empresas estão investindo em tecnologia de alta qualidade que suporta modelos de trabalho híbridos e flexíveis. Apenas 44% das organizações têm investindo em redes, segurança, IA e colaboração, de olho no potencial do modelo híbrido de atrair e reter os melhores talentos. 

  • Comunicação clara

A pesquisa da Cisco também mostrou que apenas 36% dos funcionários sentem que as diretrizes de retorno ao escritório foram explicadas com clareza pelas empresas.

Para Katsoudas, essa é uma oportunidade de as lideranças promoverem discussões individuais e coletivas sobre os modelos de trabalho. O especialista sugere que os empregadores questionem suas equipes sobre o que é melhor para o bem-estar e a performance de todos, por exemplo.

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