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Colaboradores não aproveitam os benefícios de bem-estar como poderiam

Estudo do Wellhub com 1.500 CEOs revela que a maioria está disposta a investir, mas querem que essa ação gere engajamento concreto, o que ainda não acontece.

Por Alexandre Carvalho
2 jul 2025, 17h43
Uma mulher com flores ao redor de sua face.
 (Tara Moore/Getty Images)
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Um novo estudo do Wellhub, plataforma global de bem-estar corporativo, revela as prioridades dos executivos em relação ao bem-estar no ambiente de trabalho: a maior preocupação dos CEOs é o engajamento e a adesão dos colaboradores, e não o custo dos programas.

O relatório “ROI do Bem-Estar 2025: A Visão dos CEOs”, baseado em insights de mais de 1.500 CEOs e líderes empresariais em dez países, destaca que, embora o custo seja um fator, o principal desafio para os líderes é garantir que os colaboradores realmente utilizem os benefícios de bem-estar oferecidos pelas empresas.

“A pesquisa mostra que a maioria dos CEOs está disposta a investir em bem-estar — o grande desafio é garantir que esses investimentos realmente gerem engajamento e resultados concretos”, afirma Ricardo Guerra, líder do Wellhub no Brasil. “No Wellhub, já validamos um modelo que funciona: há mais de dez anos colaboramos com empresas que alcançam taxas de engajamento de 50% a 60% de colaboradores cuidando ativamente do seu bem-estar. Esse número contrasta com dados que mostram que pouco mais de 6% da população brasileira acima de 15 anos está matriculada em academias. Ou seja, quando bem implementados dentro das organizações, os programas de bem-estar têm o potencial de mobilizar um número muito maior de pessoas do que a média nacional, justamente por estarem inseridos em um contexto de apoio e incentivo coletivo. É essa adoção ampla e consistente que permite que as empresas colham retorno real sobre o investimento em bem-estar — que, nesse cenário, deixa de ser apenas um benefício e se transforma em uma alavanca estratégica para produtividade, retenção de talentos e redução de custos com saúde”.

Uma redefinição da perspectiva da liderança sobre bem-estar

Bem-estar como investimento estratégico: 82% dos CEOs ouvidos na pesquisa relatam retornos positivos com os programas de bem-estar, associando-os diretamente à maior retenção de talentos (73%), à queda nos custos com saúde (68%), à redução do absenteísmo (67%) e ao aumento da produtividade (56%). Os dados reforçam que o bem-estar é um ativo estratégico, e não um gasto opcional.

O abismo entre executivos e colaboradores: O estudo revela um grande “descompasso de percepção”. Enquanto 93% dos CEOs dizem ter um bem-estar geral excelente ou bom, apenas 63% dos colaboradores relatam o mesmo. CEOs que participam ativamente de programas de bem-estar têm o dobro de chances de aumentar os investimentos, mostrando que a experiência pessoal motiva o engajamento financeiro. Isso mostra o potencial que líderes têm de ampliar os benefícios que vivenciam — como acesso a terapia, tempo para atividades físicas e práticas de meditação e mindfulness — para toda a organização, reduzindo uma lacuna crítica de acesso e experiência para os demais níveis hierárquicos.

Realidade do trabalho flexível: Os CEOs afirmam que o trabalho flexível veio para ficar — 58% dizem que mais flexibilidade na agenda melhoraria seu próprio bem-estar, e 45% acreditam que promover modelos de trabalho flexíveis é fundamental para o sucesso das iniciativas de bem-estar. Essa mudança exige que os programas ofereçam opções virtuais, sob demanda e em múltiplas localidades, para atender a uma força de trabalho cada vez mais distribuída.

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Roteiro prático para RH impulsionar investimentos

O relatório apresenta estratégias para líderes de RH aumentarem os investimentos em bem-estar:

Relatórios frequentes de impacto: CEOs que recebem atualizações regulares (com periodicidade mensal, quinzenal ou semanal) sobre o desempenho dos programas têm 58% mais chances de aumentar o orçamento.

Posicionar o bem-estar como ativo estratégico: Associar bem-estar a metas de negócio como produtividade, redução de custos e retenção é essencial para conquistar apoio da liderança.

Programas-piloto: Começar com iniciativas menores, baseadas em dados, ajuda a comprovar resultados e destravar maiores investimentos.

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Engajamento da liderança: Incentivar a participação ativa de executivos ajuda a desenvolver embaixadores internos e impulsiona a adesão dos colaboradores.

Abordar objeções com dados: Tratar preocupações sobre engajamento, ROI e orçamento com dados concretos transforma ceticismo em apoio.

“Quando os próprios CEOs experimentam os efeitos positivos do bem-estar, eles se tornam seus principais promotores dentro da empresa”, destaca Ricardo Guerra. “Isso gera um ciclo positivo: líderes engajados impulsionam investimentos consistentes, que ampliam o acesso dos colaboradores ao bem-estar e fortalecem os resultados do negócio. CEOs bem-sucedidos entendem que esse movimento precisa começar por eles — não apenas aprovando orçamentos, mas se envolvendo de forma genuína. Ao priorizarem sua própria saúde de forma visível, eles ajudam a transformar as políticas organizacionais em cultura.”

Metodologia

O Wellhub entrevistou 1.500 CEOs, presidentes e diretores executivos de dez países para entender suas motivações ao investir em bem-estar corporativo. A pesquisa foi conduzida online pela plataforma QuestionPro, entre 24 de janeiro e 7 de fevereiro de 2025, com líderes de empresas com mais de 100 colaboradores. O questionário contou com 67 perguntas, em formatos de múltipla escolha, escala Likert e respostas abertas. As respostas foram distribuídas igualmente entre Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Argentina, Chile, Romênia, Espanha, Itália, Alemanha e México (150–151 por país). O estudo tem 95% de nível de confiança e margem de erro de 5%.

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