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Mulheres na carga pesada

A Amazon tem 56% de trabalhadoras em seus centros de distribuição e estações de entrega no Brasil – áreas nas quais os homens sempre prevaleceram.

Por Letícia Furlan
Atualizado em 4 ago 2023, 11h15 - Publicado em 4 ago 2023, 07h00
Duas pessoas seguram caixas de papelão da Amazon
 (Divulgação/Divulgação)
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arolina Azevedo Nunes trabalha desde 2020 no centro de distribuição da Amazon em Nova Santa Rita, região metropolitana de Porto Alegre. Hoje, ela é líder da área que abrange a entrada e saída de produtos, dos mais diversos tamanhos. Supervisiona o recebimento de mercadorias, o estoque e as cargas que serão transferidas para outros centros. Apesar de a parte mais mão na massa da logística ser historicamente dominada pela presença dos homens, essa profissional atua lá junto com sua filha, Pamela Yasmin, e outras tantas mulheres que tocam essa operação da gigante de tecnologia e e-commerce.

“Em outubro de 2022, fui promovida a gestora, e minha filha é auxiliar na área de coleta e embalagem, que são atividades voltadas para a saída dos produtos”, afirma a funcionária que, quando recebeu a promoção, viu que tinha chances reais de crescimento no ramo.

Nos dez centros de distribuição da empresa e nas 24 estações de entrega no Brasil, 56% das pessoas são do gênero feminino. Na estação de Embu das Artes, em São Paulo, a porcentagem chega a 74%, sendo que 100% da liderança é composta de mulheres. “Essa unidade foi utilizada como benchmarking para as restantes”, ressalta Patrícia Lima, líder de diversidade, equidade e inclusão para operações da Amazon no Brasil.

O grande percentual feminino nesses centros não é obra do acaso, e sim resultado dos esforços da Amazon para tornar a área mais diversa. Há dois anos, a empresa estabeleceu a meta de ter de 40% a 50% de mulheres no setor. Agora já superou essa marca: a presença delas é superior à metade do quadro de funcionários.

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Iniciativa visa desenvolver lideranças femininas

Mas, afinal, o que a Amazon faz de diferente para conseguir tais números? Para Patrícia Lima, a resposta está na força da intenção em momentos em que isso precisa ficar evidente. “É quando queremos mostrar à sociedade que algo é relevante para nós como negócio”, exemplifica.

Em 2021, a Amazon criou o Ascend: Women in Leadership (AWIL), um programa de mentoria voltado para aquelas que querem desenvolver habilidades de liderança. Existe também o grupo de afinidade Women@Ops, dirigido a dar apoio a essas mulheres que estão na área de operações.

Os grupos de afinidade, de uma forma geral, funcionam de maneira orgânica na Amazon. “Nesse caso, fazemos mesas-redondas para que as mulheres tenham a oportunidade de trazer discussões para dentro da empresa. Esses grupos são bastante positivos para criar o sentimento de pertencimento, de troca”, afirma Patrícia Lima.

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A diversidade de gênero é muito importante não só para o clima interno. Afinal, as mulheres também contribuem para o negócio. “Elas nos ajudam a entender quais são as demandas externas dos clientes, trazendo um novo olhar para etapas que sempre estiveram em mãos masculinas”, diz a líder.

Empresa vai buscar vítimas de violência

Futuramente, a Amazon pretende abordar outros recortes dentro dessa diversidade de gênero. Em março deste ano, a Amazon Brasil anunciou a adesão à Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas. À época, a empresa se comprometeu a adotar medidas concretas para combater a violência de gênero em todas as suas formas. Com mais mulheres se unindo, fica mais fácil.

“No meu setor, com a maioria de mulheres, nos sentimos muito livres para trabalhar e para ser nós mesmas”, diz Carolina Nunes. “Conversamos sobre a nossa vida, ajudamos umas às outras. É um convívio enriquecedor, que nos fortalece dia após dia.”

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Dados da Amazon
(VOCÊ RH/VOCÊ RH)
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