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Insatisfação com o próprio bem-estar aumenta entre os brasileiros, mostra estudo

Segundo levantamento da Vidalink, 63% dos profissionais experimentam sentimentos negativos com frequência; mulheres, negros e jovens são mais vulneráveis.

Por Luisa Costa
Atualizado em 13 nov 2025, 19h53 - Publicado em 13 nov 2025, 19h51
Colagem de silhueta de uma mulher sobre uma superfície vermelha.
 (Richard Drury/Getty Images)
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A satisfação dos profissionais brasileiros com seus níveis de bem-estar piorou no último ano, segundo um levantamento da Vidalink. Entre as mulheres, a insatisfação cresceu quatro pontos percentuais: 29% delas estão insatisfeitas. Entre os homens, houve um aumento de cinco pontos: 17% deles acreditam que a saúde mental poderia estar melhor.

Os dados são parte da terceira edição de uma pesquisa da empresa de bem-estar corporativo, que analisou dados de mais de 11 mil colaboradores de 250 companhias de diversos setores. Os entrevistados responderam a um questionário online por meio do aplicativo da Vidalink entre janeiro e junho de 2025.

O levantamento mostrou também que menos profissionais estão praticando exercícios físicos com frequência – ou seja, pelo menos uma vez por semana. Em 2024, 52% dos profissionais se exercitavam regularmente; em 2025, esse índice caiu para 41%.

A satisfação dos brasileiros com suas dietas também caiu de 34% para 21%, e a percepção de fadiga mental se manteve alta do último ano para cá: mais da metade dos entrevistados (63%) relatam experimentar sentimentos negativos com frequência. 34% deles estão ansiosos; 19% estão ansiosos e angustiados; e 10% não sentem vontade de fazer nada no dia a dia.

Desigualdades no bem-estar

O levantamento demonstrou que mulheres, negros e jovens são mais vulneráveis quando o assunto é bem-estar.

Sete em cada dez mulheres sentem ansiedade, falta de motivação ou angústia frequentemente, por exemplo, versus 51% dos homens. Elas buscam mais suporte, fazendo terapia ou utilizando medicamentos, mas continuam com os piores índices de satisfação geral com o bem-estar. Além disso, 38% delas vivem a dupla jornada, contra 24% dos homens.

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A geração Z, por sua vez, é a mais insatisfeita com o próprio bem-estar: 30% dos profissionais nesta faixa etária acreditam que poderiam se sentir melhor no cotidiano. Essa também é a geração que mais declara não fazer nada para cuidar da saúde mental.

“Os jovens estão mais conscientes sobre a saúde mental, mas também mais adoecidos”, afirma Luis Gonzalez, CEO da Vidalink. “É uma geração que vive sob o paradoxo da autonomia e da exaustão: quer liberdade, mas enfrenta instabilidade e pressão constante por performance. Reconhecem a importância do autocuidado, porém ainda não conseguiram as condições necessárias para chegar a esse patamar.”

Já as pessoas pretas e pardas são as que enfrentam mais barreiras para cuidar do próprio bem-estar. 36% dos profissionais deste grupo não fazem nada para melhorar a saúde mental, e apenas 27% estão satisfeitos com a saúde física. Entre os profissionais brancos, esses índices são de 24% e 25% respectivamente.

“Essas diferenças evidenciam que o bem-estar também é uma questão de equidade e acesso”, argumenta Luis Gonzalez.

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Para Lina Nakata, consultora em gestão de pessoas que participou da análise dos dados, as estratégias de diversidade e inclusão das empresas devem considerar que existe “uma necessidade de dar maior suporte e atenção às discrepâncias dos indicadores de bem-estar entre os grupos [mencionados acima]”.

Como os profissionais cuidam de si mesmos

O levantamento da Vidalink mostrou que o autocuidado ainda é uma exceção. 30% dos trabalhadores não fazem nada para cuidar da saúde mental, e os homens continuam mais propensos à inação do que as mulheres.

Exercícios físicos são a prática preventiva mais realizada pelos trabalhadores para cuidar da saúde mental (34%), sendo mais predominante entre os homens (39%). Por outro lado, as mulheres fazem mais terapia (16%) do que eles (8%).

De modo geral, apenas 12% fazem terapia regularmente e 9% praticam meditação. O uso de medicamentos aumentou em todas as faixas etárias, o que indica um padrão de cuidado reativo, quando o tratamento começa só após o adoecimento.

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O que as empresas devem fazer

Para os especialistas, o futuro do bem-estar no trabalho depende de três atitudes das empresas: diagnosticar com precisão os grupos mais vulneráveis física e mentalmente; implementar políticas e benefícios que abordem de forma efetiva os cinco pilares do estudo (saúde física, mental, sono, alimentação e finanças pessoais); e formar líderes preparados para sustentar uma cultura de cuidado real.

Lina ressalta que o papel dos gestores é essencial para transformar o discurso em prática. “Os líderes precisam praticar a empatia no dia a dia, ouvindo suas equipes sobre o que sentem e identificando as causas de queda de desempenho, seja por falta de sono, alimentação inadequada, metas excessivas ou excesso de horas extras.”

Ela destaca que a parceria entre RH e liderança é decisiva para reconhecer sinais precoces de sofrimento e agir com rapidez, seja oferecendo descanso, reorganizando tarefas ou direcionando o colaborador para programas de apoio.

Luis concorda que o futuro do bem-estar nas organizações “depende da maturidade das lideranças”, que precisam complementar os benefícios de saúde mental oferecidos pelas empresas promovendo espaços de diálogo e segurança psicológica, além de avaliar a sobrecarga no ambiente de trabalho.

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“Empresas que integram dados, empatia e estratégia serão as mais preparadas para promover ambientes saudáveis e sustentáveis”, afirma o especialista.

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