Assine VOCÊ RH por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Felicidade não é meta, é consequência

Não basta encontrar propósito se não dá para pagar as contas, ter saúde e qualidade de vida, ser respeitado e se sentir desafiado

Por Marcia Kedouk
Atualizado em 1 abr 2022, 14h46 - Publicado em 1 abr 2022, 08h00
O

conceito de felicidade é algo relativamente recente na história da nossa espécie. Passamos milênios mais preocupados em sobreviver a ambientes extremamente hostis do que em passar férias à beira-mar. Não que o ser humano não buscasse a plenitude antes, mas foi na Grécia Antiga que as reflexões sobre o tema ganharam força. Para Aristóteles, uma pessoa só seria feliz quando realizasse aquilo para o qual ela existe, ou seja, quando colocasse em prática sua essência, promovendo ações virtuosas em busca do bem comum. Vem daí a ideia de que a satisfação teria um vínculo profundo com algo que hoje está tão disseminado: o propósito.

No mundo do trabalho, essa discussão nasceu ontem. Quer dizer, há um par de décadas, quando os millennials, que atualmente têm entre 26 e 41 anos, chegaram às empresas. A eles foi dito que, se amassem o que fazem, receberiam em troca a realização suprema, pessoal e profissional. Na teoria, nem sentiriam o peso do trabalho duro se perseguissem suas paixões. Na prática, criou-se a cultura da positividade tóxica, que nega os fracassos, os períodos de desmotivação e as tarefas maçantes que todo emprego oferece. A felicidade virou marketing corporativo — talvez por isso seja tão mal compreendida nesse contexto.

Realizar-se no trabalho não significa estar alegre o tempo todo, mas acolher os dias difíceis e continuar enxergando, no fim do expediente, um significado naquilo que faz. Mas é preciso também satisfazer algo bem mais básico do que isso: não basta encontrar propósito se não dá para pagar as contas, ter saúde e qualidade de vida, ser respeitado e se sentir desafiado. Ninguém é feliz com um chefe que torna sua vida um inferno, numa empresa que coloca o lucro acima das pessoas. Nem por amor ao ofício.

Continua após a publicidade

É por demandar um olhar amplo, empático e realista das empresas que algumas passaram a destinar executivos, geralmente do RH, para cuidar da questão, como mostra a jornalista Marcella Centofanti na reportagem de capa desta edição. Há as que adotaram a função de chief happiness officer (CHO) para liderar a criação de políticas consistentes, que de fato ajudem a aumentar a satisfação dos funcionários. Afinal, a felicidade não é uma meta, mas uma consequência.

Compartilhe essa matéria via:

Este texto faz parte da edição 79 (abril/maio) de VOCÊ RH.

Clique aqui para se tornar nosso assinante

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.