Para 2022: um mundo mais gentil, dentro e fora das empresas
Aprenda a desenvolver a habilidade emocional que tem nome e sobrenome: gentileza amorosa
s filósofos antigos acreditavam que a gentileza é uma habilidade nata do ser humano. Na visão deles, nós agimos de forma mais agressiva apenas quando a sociedade nos demanda. Alguns pensadores mais modernos, no entanto, acreditam no contrário: somos naturalmente brutais e temos de aprender a ser gentis. Na The School of Life, concordamos que a arte de ser gentil demanda estímulo e que é possível aprendermos a ser uma melhor versão de nós mesmos.
O perigo da falta de tempo
Há, no entanto, um fator que nos impede de sermos mais gentis e empáticos no nosso dia a dia: o tempo. É muito difícil agirmos com gentileza e avaliar as situações pela perspectiva do outro quando nos deixamos levar pela correria da vida moderna e o mundo moderno. A situação tende a ficar ainda mais delicada com essa reentrada na rotina presencial do escritório e dos eventos. Isso sem falar na natural pressão do final de ano que, em geral, nos faz ficar menos tolerantes e gentis.
Uma habilidade a se conhecer: a gentileza amorosa
Dentro dessa dinâmica de acontecimentos, em um piscar de olhos entramos em dezembro, último mês de 2021. A visão de um ano novo fica cada dia mais próxima e real. É uma época em que eu, particularmente, fico mais reflexiva. Por isso, um dia desses, na porta da The School of Life, me peguei pensando sobre as qualidades que eu desejo para 2022 para mim e para todos nós e escolhi uma habilidade emocional com nome e sobrenome: a gentileza amorosa
Acredito que, no fundo, todos nós queremos ser gentis. A gentileza nos conecta às pessoas e nos remete à sensação de um propósito no planeta, além de ser algo muito útil para o mundo dos negócios na medida em que inspira a colaboração entre as pessoas. Além disso, muito do que ansiamos para um mundo mais gentil e amoroso depende essencialmente de sermos a nossa melhor natureza.
O poder da escuta ativa
No meu entender, tudo seria mais possível se conseguíssemos, por exemplo, escutar com mais curiosidade e com real interesse de nos conectarmos ao outro. Isso nos permitiria avaliar as pessoas, as situações e os acontecimentos por uma perspectiva diferente, mais empática. Teríamos a oportunidade de participar das interações como um bom editor, que tem o poder de transformar escritores promissores em grandes propagadores de boas ideias.
Ser gentil conosco, com os outros e o mundo, dar um pouco menos de atenção a nossa voz crítica, fazer uma bela curadoria das memórias que vamos levar para 2022 e do que deixaremos para trás são algumas ideias práticas de como podemos encorajar essa habilidade da gentileza amorosa.
Que 2022 traga o salto de fé necessário para nos perdoarmos, perdoarmos o mundo e, quem sabe, começarmos a construir a visão do que queremos a partir de quem somos.