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6 tendências de recrutamento e seleção de jovens talentos em 2026

Domínio técnico e processos digitais não bastam. Para atrair trainees, estagiários e aprendizes, as empresas devem ter mais empatia e leitura comportamental.

Por Izabel Duva Rapoport
2 dez 2025, 17h31
Uma mão segurando um ímã direcionado para miniaturas de bonecos.
 (AndreyPopov/Getty Images)
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Baby Boomers, Geração X, Millennials, Geração Z e Alpha. Cinco gerações vão conviver no mercado de trabalho em 2026, ano que também será marcado por um novo equilíbrio entre tecnologia e sensibilidade humana. Para atrair jovens talentos, por exemplo, as organizações deverão ir além dos processos digitais: será preciso compreender valores, propósito e comportamento.

“As Gerações Z e Alfa não se movem só por promessas de estabilidade; elas estão olhando para experiências concretas de aprendizado e crescimento”, ressalta Tiago Mavichian, CEO da Companhia de Estágios. “Por isso, o desafio das empresas é alinhar diferentes gerações em torno de um mesmo propósito, conciliando empatia, escuta ativa e tecnologia”.

A seguir, confira seis tendências, indicadas pelo especialista, que devem guiar o recrutamento e seleção de jovens talentos em 2026:

1.O comportamento e fit cultural vêm antes da técnica

De acordo com Tiago, o mercado de estágios e programas de aprendizagem está se tornando mais seletivo e humano. “As empresas têm percebido que habilidades técnicas podem ser ensinadas, mas atitudes, valores e postura são diferenciais difíceis de formar”.

Mais do que saber “fazer”, é essencial saber “ser” e estar alinhado à cultura organizacional, segundo ele. “O fit cultural passa a ser um filtro importante para os recrutadores, avaliando se o jovem compartilha dos mesmos valores, propósitos e formas de colaboração que movem a empresa”. Essa leitura comportamental, diz, ajuda a reduzir a rotatividade e a construir vínculos mais sólidos, além de criar times mais coesos e alinhados ao propósito da organização.

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Competências como comunicação, trabalho em equipe, resiliência e capacidade de resolver problemas devem ganhar ainda mais peso nos processos seletivos, substituindo parte das exigências por conhecimentos específicos.

2.Busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Os jovens talentos querem se dedicar, mas não a qualquer custo. Pesquisas da Companhia de Estágios mostram que 96% dos aprendizes que têm entre 14 e 24 anos priorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e 87% almejam conquistas materiais. “Isto é reflexo de uma geração que valoriza o esforço, mas também o sentido do trabalho”, analisa Tiago.

“Nesse contexto, o recrutamento precisa transmitir coerência entre o que a empresa diz e o que pratica. Se o discurso fala em flexibilidade, mas a prática mostra jornadas rígidas e ausência de escuta, a mensagem se perde”. Para o especialista, propósito, cultura e autenticidade são filtros decisivos para essa geração, que busca ambientes saudáveis e com espaço para a expressão individual.

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3.Experiência do candidato com a identidade da empresa

O CEO alerta ainda que processos longos, impessoais e pouco claros afastam candidatos. “Para uma geração acostumada à velocidade e à personalização, uma boa experiência de candidatura inclui etapas objetivas, feedbacks construtivos e comunicação clara”. Segundo o executivo, cada empresa deve imprimir sua marca nessa jornada, e isso envolve traduzir sua cultura em cada etapa do processo seletivo.

“Práticas de employer branding ganham força, transformando o recrutamento em uma vitrine do que a organização representa”, explica, além de apontar experiências como processos gamificados, desafios colaborativos ou até escape rooms corporativos como exemplos que ajudam a atrair talentos de forma criativa e autêntica, fortalecendo o vínculo emocional com a marca empregadora. “Mais do que avaliar, as empresas precisam demonstrar que respeitam o tempo e o desenvolvimento do candidato”.

4.Presença da IA se intensifica nas etapas iniciais

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Com o uso de inteligência artificial, análise de dados e plataformas preditivas, a tecnologia terá um papel cada vez mais estratégico na triagem e no mapeamento de perfis. “Essas ferramentas auxiliam na gestão de grandes volumes de inscrições, ajudam a reduzir vieses inconscientes e otimizam o tempo dos recrutadores”.

No entanto, ele ressalta que o toque humano segue insubstituível. “A leitura de nuances, como entusiasmo, curiosidade e motivação, ainda depende da sensibilidade de quem entrevista”, diz Tiago, lembrando que o futuro do recrutamento passa pelo equilíbrio entre algoritmos e empatia. “É preciso usar a tecnologia como apoio, e não como substituta da conexão humana”.

5.Aprendizado contínuo e mobilidade interna

Os jovens, em qualquer lugar do mundo, querem se sentir em movimento: aprendendo, testando e crescendo. “Ambientes que oferecem trilhas de desenvolvimento, programas de rotação e feedbacks regulares ganham vantagem competitiva“.

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Mais do que benefícios ou salários, o que retém talentos, segundo o executivo, é a sensação de evolução constante. “Por isso, empresas que estimulam a mobilidade interna, permitindo que o estagiário ou aprendiz explore diferentes áreas, tendem a formar profissionais mais engajados e inovadores”. Ele lembra ainda que a ausência de oportunidades concretas de aprendizado é hoje o principal motivo de desconexão e desmotivação entre estagiários e trainees. “Em 2026, quem oferecer experiências reais de crescimento terá vantagem”.

6.Maior importância da cultura corporativa e comunicação interna

Com cinco gerações atuando lado a lado, a cultura corporativa também ganha um papel estrutural: “ela deixa de ser um atributo de marca empregadora e passa a ser o ambiente vivo que orienta comportamentos, facilita trocas e cria um senso comum de direção”. Tiago diz que, em 2026, o desafio não será usar a cultura para atrair jovens talentos, mas para manter equipes diversas engajadas, integradas e alinhadas ao mesmo propósito.

Uma cultura clara, reforçada diariamente pelas lideranças e comunicação interna, funciona como um código compartilhado capaz de reduzir ruídos entre diferentes formas de pensar, aprender e trabalhar. “Ela oferece referências sobre como colaborar, como dar e receber feedback, como resolver conflitos e como tomar decisões, criando um espaço mais seguro para que jovens talentos contribuam com autenticidade”, afirma.

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Nesse contexto, segundo o CEO, a liderança se torna o principal agente dessa cultura. “Não se trata apenas de orientar tarefas, mas de promover diálogos, estimular interações entre gerações e fortalecer rituais que constroem identidade coletiva, como reuniões de alinhamento, mentorias (inclusive reversas), fóruns de discussão e celebrações de conquistas”. Para Tiago, são esses mecanismos que mantêm o ambiente integrado e fazem com que os diferentes perfis se reconheçam dentro de um mesmo objetivo.

“Liderar jovens talentos em 2026 exigirá disposição para ouvir e entender o que os move. Mais do que controlar, será preciso inspirar e criar senso de pertencimento”, conclui.

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