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Fusão das áreas de RH e TI deve acontecer em cinco anos, diz pesquisa

Integração até 2030, prevista por 64% dos executivos de tecnologia, exige cuidado para preservar pontos fortes de cada departamento. Saiba como se preparar.

Por Izabel Duva Rapoport
Atualizado em 3 set 2025, 18h44 - Publicado em 2 set 2025, 14h09
Ilustração conceitual de uma cabeça humana sobreposta por dígitos binários, representando a inteligência artificial, a simulação da inteligência humana por uma máquina. Números binários, que contêm apenas 1 e 0, formam a linguagem dos computadores.
 (MARK GARLICK/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
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Uma pesquisa global da Nexthink revelou que 64% dos executivos de tecnologia acreditam que a fusão dos departamentos de Recursos Humanos e Tecnologia da Informação, impulsionada pela automatização de funções tradicionais como recrutamento e engajamento de funcionários, vai acontecer nos próximos cinco anos.

“A possibilidade de integração no futuro desponta não apenas como uma tendência, mas como uma resposta estratégica às transformações trazidas pela inteligência artificial”, diz Adriana Melo, especialista em finanças e planejamento estratégico, que assegura ser inevitável a proximidade ente as áreas. “Não dá mais para RH e TI seguirem em silos quando a força de trabalho já é metade humana, metade algorítmica”.

Para deixar esse dilema evidente, a executiva cita o caso da IBM, a multinacional de tecnologia que, ao adotar a automação em larga escala, cortou milhares de postos de trabalho. “Não temos mais RH, temos agentes”, teria dito a executiva da organização americana Corinne Sklar, referindo-se aos agentes digitais que assumem tarefas como onboarding e aprovação de férias. “É eficiente, sem dúvida, mas também levanta a questão incômoda: quem garante que a cultura e as relações humanas não sejam engolidas por processos automatizados?”, pergunta Adriana.

Oportunidades e desafios

Se de um lado há vantagens como agilidade e integração de dados, do outro há o perigo do olhar humano se enfraquecer. “O RH tem como essência entender pessoas, captar emoções e sustentar a cultura organizacional”, comenta o administrador e contador Marcello Marin, mestre em governança corporativa e especialista em recuperação judicial. “Se a tecnologia assumir todas as decisões sem esse filtro humano, a empresa pode perder em engajamento, pertencimento e até aumentar conflitos internos”.

Para Adriana, a fusão pode até transformar o RH em guardião ético da IA, fiscalizando decisões automatizadas e garantindo justiça do recrutamento à promoção. “Mas o verdadeiro impacto [ou desafio] está nesse equilíbrio frágil entre eficiência digital e empatia humana”, alerta.

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Como se preparar?

O primeiro passo, segundo os especialistas, é cultivar uma proximidade real entre as áreas, e não apenas em reuniões de comitê. “O RH precisa ficar mais perto da tecnologia, aprendendo a usar dados e IA para embasar suas escolhas”, diz Marcello. “Já o TI deve se aproximar da jornada do colaborador, entendendo que sistemas só fazem sentido quando melhoram a experiência de quem está dentro da empresa”.

“Isso significa squads conjuntos, metas compartilhadas e participação da gestão de pessoas desde a concepção das soluções de IA”, concorda a executiva, que também indica investir em alfabetização digital para que o RH possa questionar vieses e orientar alternativas.

Definir limites claros entre o que pode ser automatizado e o que deve seguir na condução de humanos é outra prática cuidadosa nesse processo. “Assim, a fusão deixa de ser apenas operacional e pode realmente fortalecer a área de gestão de pessoas”, diz o administrador.

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Adriana ressalta também a importância dos profissionais compreenderem que a integração pode levar à função única de ‘experiência do colaborador’, mas, que o caminho até lá, exige colaboração radical, capacidade de redesenhar papéis e coragem de manter a tecnologia a serviço das pessoas e não o contrário. “Porque o futuro do trabalho não é sobre agentes digitais, bots ou dashboards brilhantes. É sobre não perder de vista que ainda trabalhamos com gente”, diz a especialista.

E conclui: “As relações humanas não são ornamento nesse jogo; são o freio de emergência que impede a tecnologia de transformar o trabalho em um lugar asséptico, sem alma”. 

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